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14/04/2010 - 09:03

“Agora os países emergentes têm algo a dizer na cena mundial"

O 4º Diálogo Trilateral Índia-Brasil-África do Sul (IBAS) começou ontem em Brasília com a inauguração do Fórum Acadêmico do IBAS: Um Diálogo de Políticas e foi assistido por mais de 100 representantes dos três países. O secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou que a iniciativa do IBAS reúne três grandes democracias que estão aderindo ao cenário mundial como atores globais.

Brasília - Os chefes de Estado ou Governo da Índia, Brasil, África do Sul, China e Rússia vão se reunir esta semana em Brasília para as Cúpulas do IBAS e do BRIC. Questões–chave para o desenvolvimento que estão na agenda estão sendo tratadas no Fórum Acadêmico do IBAS: Um diálogo de políticas públicas, organizado pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (CIP- CI) nos dias 12 e 13 de abril em Brasília. "Nosso objetivo é construir um portfólio de cooperação com base em experiências bem sucedidas na promoção do crescimento inclusivo. Espero que estes acontecimentos históricos provoquem um grande impacto no redirecionamento da Cooperação Sul- Sul”, disse o Dr. Rathin Roy, diretor do IPC-IG. "O Fórum Acadêmico do IBAS entra como um compromisso comum dos três países para a promoção do crescimento inclusivo", ressaltou o Exmo. Sr. B.S. Prakash, Eebaixador da Índia no Brasil.

O embaixador Antonio Patriota, Secretário-Geral do MAgora os países emergentes têm algo a dizer na cena mundial". O 4º Diálogo Trilateral Índia-Brasil-África do Sul (IBAS) começou no dia 12 de abril (segunda-feira), em Brasília com a inauguração do Fórum Acadêmico do IBAS: Um Diálogo de Políticas e foi assistido por mais de 100 representantes dos três países. O secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores do Brasil destacou que a iniciativa do IBAS reúne três grandes democracias que estão aderindo ao cenário mundial como atores globais.

"Necessidade, não um luxo": o Dr. Rathin Roy destacou que “a recente crise econômica global tem mostrado de forma pungente à comunidade internacional que o crescimento inclusivo é uma necessidade e não um luxo”. Durante seu discurso inaugural, o Dr. Roy assinalou que o Fórum representa uma "enorme oportunidade de criar um novo paradigma mais inclusivo que garanta mais rápido e mais sustentavelmente o desenvolvimento humano para todos os cidadãos". Ele acrescentou que “o pensamento estratégico na política externa terá de levar em conta o papel crescente das economias emergentes na definição da futura arquitetura de governança econômica global e da cooperação para o desenvolvimento”.

"Precisamos de uma nova concepção de desenvolvimento": segundo o Dr. Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), "precisamos construir uma nova visão e uma nova perspectiva para o desenvolvimento a partir do Sul". Ele argumentou que as crises de 2008 mostraram ao mundo que precisamos redescobrir o papel do Estado na promoção do bem-estar e no desenvolvimento. “O IBAS representa a realização de uma convergência para as novas propostas para o desenvolvimento", acrescentou Dr. Pochmann.

Os três países tem sido bem sucedidos na redução da pobreza e na promoção do bem-estar de seus cidadãos através de inovações políticas originada no Sul. Temas como estratégias de desenvolvimento social foram abordadas nas duas sessões dedicadas à transferência de renda e políticas de geração de emprego. Índia, Brasil e África do Sul tiveram, então, a oportunidade de apresentar as suas atuais políticas e aprender com a troca de experiências, sucessos e desafios.

Cooperação Sul-Sul: o mesmo velho jogo ou um novo paradigma? Uma edição especial da revista Poverty in Focus do CIP-CI, lançada no referido Fórum, apresenta onze artigos inovadores para se discutir perspectivas e a atual configuração da Cooperação Sul-Sul.

Os resultados do Fórum Acadêmico serão apresentados aos chefes de Estado do IBAS dia 15 de abril, em Brasília.

A questão principal levantada pela revista é saber se a Cooperação Sul-Sul representa uma oportunidade para re-elaboração da prática e do discurso da cooperação, colocando no centro as necessidades de desenvolvimento e os desafios dos países do Sul.

"Como os países em desenvolvimento perceberam que estavam em melhor situação agindo em conjunto, ao invés vez de aliados a uma superpotência, a Cooperação Sul-Sul surgiu como uma prática na arena política internacional", destacou Michelle de Morais e Silva em seu artigo. O professor Daniel Flemes destacou em seu artigo que "enquanto a iniciativa do IBAS pode assim ser vista como um esforço para se aumentar o poder dos seus membros na negociação global, a cooperação entre África do Sul, Brasil e Índia também se baseia em áreas concretas de colaboração."

O Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG) é um fórum global que facilita o aprendizado Sul-Sul com o objetivo de expandir o conhecimento dos países em desenvolvimento e suas capacidades para planejar, implementar e avaliar políticas eficazes para a realização do crescimento inclusivo. Trata-se de uma parceria entre o PNUD e o Governo do Brasil. Localizado em Brasília, o CIP-CI é um arranjo institucional único para os países em desenvolvimento e proporciona à comunidade internacional perspectivas inovadoras sobre o desenvolvimento, provê treinamento para os representantes dos países em desenvolvimento e está envolvido em debates e fóruns mundiais.

O que é Crescimento Inclusivo? Crescimento Inclusivo é um processo de crescimento que traz benefícios amplos e assegura a igualdade de oportunidades e de acesso aos benefícios do crescimento. Crescimento inclusivo significa que o crescimento é sustentável e gera novas oportunidades produtivas. Significa que todos devem participar, contribuir e se beneficiar do crescimento global. [www.ipc-undp.org ]

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