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31/05/2007 - 08:25

Plano Real: Em 2007, 13 anos de história!

São Paulo – Ir as compras. Quanta decepção! Era assim há 13 anos. A cada dia os preços dos produtos eram alterados assustadoramente. Os nossos salários não conseguiam acompanhar as variações. O nosso poder de compras era escasso!

Neste ano, em 1º de julho, o Plano Real completa 13 anos de existência no Brasil. De 1994 até hoje, muita coisa aconteceu! Frango, carne bovina, biscoitos, iogurtes e queijo. Produtos que antes eram apenas consumidos pela classe média alta, hoje estão acessíveis às camadas inferiores.

Para o consultor financeiro e presidente da Boriola Consultoria, Cláudio Boriola, havia uma completa inversão de valores. “Em vez de educar a população para poupar, não fazer dívidas e fazer um pecúlio para a aposentadoria, era ensinado exatamente o contrário”, diz.

Antes do Plano Real era aconselhável não poupar e nem guardar dinheiro. Pois, esse, era constantemente desvalorizado. “Na época, ao recebermos o nosso salário, tínhamos que gastar rapidamente antes que o mesmo desvalorizasse. Era uma loucura! Não podíamos pensar no futuro, tínhamos que viver apenas o momento, uma vez que o mercado financeiro e de capitais não funcionava e perdíamos todo o dinheiro investido. O melhor investimento na época era a compra e venda de imóveis. A regra era adquirir uma casinha ou mais, aluga-las e complementar a renda”, lembra Boriola.

Atualmente, comprar um eletrodoméstico tem sido a realização do sonho de muita gente. A moeda brasileira está cada vez mais dominando o mercado, por causa do aumento do poder aquisitivo da população e da substancial redução do preço, em parte devido à concorrência externa, derivada da queda da moeda americana, o dólar, que neste mês tem atingido médias históricas abaixo de R$2.

O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o mais bem sucedido de todos os planos lançados nas últimas décadas para combater casos de inflação crônica. O poder de compras está hoje, nas mãos de praticamente boa parte da população.

No momento, o País é considerado pela comunidade financeira internacional como uma economia segura. Grandes investidores aplicam no Brasil devido a estabilidade da moeda local. “Atualmente a população pode voltar investir em poupança, apesar do baixo retorno. Aplicações de renda fixa e ações na bolsa de valores dão um dos maiores retornos do mundo”, comenta Boriola.

Hoje, não temos mais inflação exacerbada, porém, os juros continuam subindo. Esse é o atual problema da economia brasileira. Segundo Cláudio Boriola, é preciso atenção a esse fator. “Somos influenciados pelas empresas e pelo comércio a consumir mediante as “maravilhosas” formas de pagamento, fantásticas promoções e propagandas que aguçam nossa vontade de comprar. Antes de qualquer compra é preciso o consumidor ficar atento as parcelas. Verificar a cada valor embutido (juros) que por sinal são exagerados”, alerta.

Para o consultor, é preciso investir em educação financeira para que o País continue rumo ao crescimento. “Se tivéssemos a educação financeira nas escolas, não seria necessário tantos malabarismos para entender como funciona um plano econômico como o Real. Hoje, vivemos sempre tão ocupados com nossas obrigações diárias, casa, família, filhos, carreira, que não nos sobra tempo para planejar a vida financeira. Se fossemos ensinados desde pequenos a lidar com o dinheiro, certamente estaríamos num bom patamar econômico. Para que o Brasil desenvolva são fundamentais investimentos na instrução de nossas crianças que serão o futuro dessa Nação”, conclui Boriola | Por: Fabrício Andrade/Boriola Consultoria

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