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31/05/2007 - 08:41

Polo Moveleiro do Norte do Paraná cresce 91% em seis anos

O Pólo Moveleiro do Norte do Paraná destaca a região como um pólo estratégico para o setor de móveis nacional. São 576 indústrias fabricantes de móveis que geram 15.350 empregos diretos e indiretos. A cidade de Arapongas concentra o maior número de empresas do setor, no total de 160, que geram 8.643 empregos diretos. Com investimento crescente em tecnologia, o pólo moveleiro é o segundo maior em faturamento do país e está entre os que mais crescem no segmento.

De 2000 até 2006 o faturamento das indústrias do pólo saltou de R$ 480 milhões para R$ 918 milhões, atingindo um crescimento superior 91%. Em 2004, a Abimaq – Associação Brasileira de Fabricantes de Máquinas – já previa este crescimento, confirmando, na época, que o Pólo do Norte do Paraná se destacava como o que mais investia em maquinários e tecnologias, chegando a ser o principal pólo em expansão do setor no Brasil. Em 2006, o Paraná foi um dos poucos estados no país a apresentar crescimento das vendas de móveis para o mercado externo. De acordo com a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), dos US$ 91,731 milhões exportados em 2005, o Estado registrou 15% de aumento em 2006, chegando a exportar o valor de US$ 105,157 milhões.

Para o presidente Affemaq (Associação dos Fabricantes de Ferramentas e Máquinas para a Indústria Moveleira), Roberto Trevisan, as indústrias do Pólo do Norte do Paraná e em especial de Arapongas têm muito a crescer. “As empresas têm capacidade de aumentar as sua produção. O aumento da participação da exportação reflete este cenário de que as empresas estão ampliando a venda de produtos e estão propensas a investirem no aumento da capacidade instalada”, afirma.

Paralelo a isso nos últimos seis anos, com as rodadas de negócios internacionais e o estímulo à visitação de importadores de móveis, matérias-primas e acessórios nas feiras, as exportações do pólo cresceram mais de 590%, passando de U$ 15,2 milhões em 2000 para U$ 105 milhões em 2006.

Um dos principais fomentos para o crescimento do Pólo são as feiras moveleiras realizadas anualmente. “Os eventos ampliaram os mercados das indústrias e, em conseqüência, a capacidade de crescimento. Nos últimos anos, o investimento em tecnologia foi crescente”, avalia Roberto Zaccariello Junior, diretor executivo do Expoara, responsável pela organização dos eventos FIQ – Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira – e Movelpar – Feira de Móveis do Paraná.

O sucesso das feiras também aconteceu por estarem sediadas em um pólo com grande potencial de crescimento. “Um pólo moveleiro engloba, além de diversos segmentos que se complementam na cadeia produtiva madeira-móveis, uma gama de profissionais especializados que conhecem as oportunidades e gargalos do setor moveleiro. Por concentrarem esse know-how e entrelaçarem conhecimentos relativos ao varejo e produção, os pólos moveleiros passaram a ser locais privilegiados para a realização de feiras voltadas tanto para fornecedores como para fabricantes, objetivando não somente os fins comerciais, mas, sobretudo, o fomento da cadeia produtiva nacional”, destaca Zaccariello Junior.

Fornecedores apostam no Pólo - No mercado desde 2001 e fornecendo madeira florestada para Arapongas desde 2002, o empresário Décio Baggio, da Santella Madeiras, do Rio Grande do Sul, comemora os números. “Posso dizer com garantia que 70% de toda a minha produção é destinada a Arapongas e que nossa empresa é responsável pelo atendimento de 80% do mercado de cavilha na cidade”. Baggio que já confirmou presença na FIQ 2008 se prepara para o desafio de aumentar ainda mais sua clientela. “O nosso objetivo é sempre expandir o trabalho com qualidade. A feira será um momento de consolidarmos esse relacionamento”, comenta.

O empresário Marcos Antônio Rosa, proprietário da TCR Máquinas e Equipamentos, indústria paranaense e distribuidora de máquinas, diz que 50% de seu volume de vendas têm Arapongas como destino. “Metade do meu faturamento vem da cidade, e o restante é de todo o Brasil. Esse é um número significativo e considerável de vendas da empresa, já que é destinado a uma única região”. Marcos Antônio lembra ainda que o fato da feira ser realizada em Arapongas faz grande diferença e chama atenção dos empresários a importância do pólo. “No nosso caso particular, temos ainda a vantagem da empresa estar instalada na cidade, pois, ao visitarem o estande, os empresários têm a opção e facilidade de visitar a fábrica também”, diz.

Wanderlei Barczyszyn, sócio gerente da Rochesa, indústria paranaense especializada em produtos químicos como tintas e vernizes, diz que a Arapongas é uma região importante para o seu ramo. “Já possuímos uma filial na região, tamanha é nossa demanda. Cerca de 30% de nossa fabricação vai para as indústrias de lá”. O empresário lembra que feiras como a FIQ são pontos de encontros ideais para a troca de informações. “A feira acaba ser tornando um importante ponto de encontro técnico em que podemos sentir qual é a real necessidade de nossos clientes. Podemos considerar também que a FIQ tem grande expressão na região fundamental para o sucesso do negócio”, completa.

Infra-estrutura para eventos - Com o propósito de agregar a indústria moveleira, há 10 anos o Expoara Centro de Eventos, firma-se como um dos principais fomentadores da consolidação da cidade como destaque no pólo. Considerado o maior complexo do sul do país em área destinada a grandes eventos, com 40 mil metros quadrados de área coberta, uma de suas principais feiras do segmento mobiliário, a FIQ - Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira, projeta a cidade para o Brasil, e com grandes proporções também no cenário mundial. “A FIQ já é hoje uma das principais feiras do país, em que os empresários do setor têm a facilidade em encontrar, reunidos num mesmo local, equipamentos e materiais para todas as etapas do processo de produção de um móvel, do corte da madeira ao acabamento”, diz Zaccariello Junior.

Além disso, a FIQ encontra-se em localização privilegiada, com acesso que facilita o transporte de mercadorias e diminui consideravelmente os custos. “Os participantes da feira tem todas as vantagens da localização, já que o pavilhão está estrategicamente situado na BR 369, que abrange dois importantes centros econômicos do estado (Londrina e Maringá) região com excelente estrutura hoteleira (7 mil leitos), gastronômica e de transporte (dois aeroportos), além de rodovias de fácil acesso que compõem um elo com o Mercosul, ideal para realização de negócios”, analisa o diretor.

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