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16/04/2010 - 10:32

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios é concedido a integrante da Amarte, associação apoiada pela Fundação Orsa

A grande vencedora na categoria “Negócios Coletivos” desenvolve trabalho com biojóias que beneficia mulheres do Vale do Jari, no Amapá.

Exatamente 3.047 mulheres inscreveram suas histórias no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2009, mas foi Carmita Duarte, tesoureira da Associação de Mães Artesãs do Vale do Jari (Amarte), que conquistou o reconhecimento máximo na categoria Negócios Coletivos. Ela recebeu o Troféu Ouro na noite de 8 de abril, no Espaço Pathernon, em Brasília (DF). Seu trabalho à frente da associação concorreu com 22 finalistas na última etapa do concurso.

Carmita revela que o reconhecimento do Sebrae foi uma grande surpresa, porque ela apenas contou sua história de luta no dia a dia da Amarte. “Não tinha noção da importância dessa premiação. De tantas histórias bonitas que ouvi, não esperava estar entre as finalistas e nem ser a ganhadora”, declarou, acrescentando que dedica o prêmio a todas as mulheres empreendedoras do país, “porque a luta é grande”.

Assim como Carmita, todas as demais participantes da Amarte são exemplos reais de superação. Mulheres que tinham suas vidas restritas ao trabalho doméstico – poucas concluíram o Ensino Médio por conta de gravidez na adolescência, casamento precoce, ou influência da cultural familiar – conseguiram mudar suas trajetórias graças à produção das biojóias, tornando-se empreendedoras.

“A Amarte é referência no Estado do Amapá quando o assunto é trabalho coletivo”, conta Carmita. “Isso porque as cooperadas são donas de casa, têm filhos e não têm estudo, mas com a produção de biojóias a partir da mistura de sementes, cipós e fibras com materiais nobres, como prata, garantimos emprego e renda às participantes.”

Além do Troféu Ouro do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, Carmita ganhou uma viagem para Milão, na Itália, onde visitará um centro de referência em empreendedorismo. Ela espera que a premiação abra portas para a Amarte e torne o trabalho das cooperadas mais conhecido no país.

“O prêmio do Sebrae representa muito na minha vida e também para a Amarte, porque é o resultado do trabalho e da nossa luta. Estou muito feliz porque uma conquista que é recebida com humildade é muito valiosa e significa mais que muitos milhões de reais”, conclui.

Na cerimônia de entrega, o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, elogiou o exemplo empreendedor das participantes do prêmio. "Para as mulheres não é fácil estar à frente de um negócio porque elas têm outros compromissos além do trabalho. Todas vocês que estão aqui já são vitoriosas porque representam um exemplo de determinação e coragem", afirmou.

O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios é promovido pela entidade em parceria com a Federação das Associações de Mulheres de Negócios Profissionais do Brasil (BPW-Brasil) e com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, com o apoio da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ). Sua finalidade é reconhecer e dar visibilidade às histórias de vida de mulheres que conseguiram superar dificuldades e construir negócios de sucesso, incentivando o empreendedorismo feminino.

Aprendizado - Outra importante parceria foi firmada pela Amarte em 2008 com uma reconhecida designer de jóias, que capacitou as integrantes da associação, resultando na confecção de 300 biojóias. Foram produzidos colares, brincos e pulseiras que deram origem à coleção Palmae, elaborada à base de couro, prata e semente de Bacaba – palmeira nativa da região amazônica, encontrada com frequência nos Estados do Amazonas e do Pará.

O encontro entre a designer e a Amarte foi tão bem-sucedido que as peças ficaram expostas em Nova York durante o Salão Internacional de Biojóias, de abril a junho de 2008.

Atualmente, a Amarte reúne 32 mulheres do Vale do Jari e promove geração de emprego e renda por meio da fabricação de biojóias. Sementes típicas da Amazônia e fibras naturais são transformadas em artesanato, adequado ao perfil dos mercados nacional e internacional. Com o apoio da Fundação Orsa, as mulheres da associação conseguiram aprovar projetos de desenvolvimento em parceria com a Petrobrás, o que possibilitou a construção de uma unidade de beneficiamento de sementes e a compra de maquinário e equipamentos necessários à produção.

Fundação Orsa - A empresa social do Grupo Orsa, um dos principais conglomerados brasileiros no setor de madeira, celulose, papel e embalagens, com atuação também no mercado de produtos florestais não madeireiros, foi criada muito antes de conceitos como responsabilidade social e empresa cidadã se destacarem com o vigor dos dias atuais. Sua trajetória se confunde com o desenvolvimento do conceito de investimento social privado no Brasil, pois desde 1994 trabalha pelo desenvolvimento de programas e projetos sociais, tendo como princípio a atuação em rede. Sua principal fonte de divisas é a contribuição fixa de 1% do faturamento bruto das empresas do Grupo Orsa, que faz o repasse como demonstração do compromisso com o desenvolvimento sustentável. Até 2009, o valor desses investimentos somou mais de R$ 150 milhões, proporcionando mais de 6,8 milhões de atendimentos. Atualmente, 20 projetos estão sendo replicados nas regiões em que a entidade atua.

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