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17/04/2010 - 11:40

Dani Rodrik analisa desafios do crescimento para o país no Congresso Brasileiro do Aço em São Paulo


Para o professor da Universidade de Harvard, o setor ainda tem espaço para triplicar consumo no mercado interno.

O professor de política econômica internacional de Universidade de Harvard, Dani Rodrik, abriu no dia 16 de abril (sexta-feira), o painel Economia Mundial / Desafios do Crescimento para o Brasil no último dia da 21ª. Edição do Congresso Brasileiro do Aço. Em sua apresentação, Rodrik traçou um panorama positivo para a indústria do aço nacional. Ele afirmou que, ao contrário de alguns países, o Brasil não dependerá do mercado externo para expandir sua produção.

De acordo com o professor, o país tem condições ainda de triplicar o consumo interno per capita, que atualmente é de aproximadamente 200 kg, ante aos 600 kg, estabelecidos por Rodrik como o máximo possível. Em sua avaliação, a indústria nacional de aço é um bom exemplo na absorção e criação de tecnologia em benefício do desenvolvimento.

Globalização - O ritmo da caminhada do Brasil e de outros países emergentes em direção à saída da crise econômica mundial é mais acelerado do que nas economias mais adiantadas, segundo o professor. Para ele, Estados Unidos e a Europa dificilmente voltarão aos níveis de produção anteriores a crise em um panorama recente.

A globalização tem acontecido de uma forma mais lenta, favorecendo os mercados domésticos. Para Rodrik o ativismo governamental na criação de políticas econômicas será uma necessidade pós-crise e já tem se tornado uma tendência mundial.

Ao comparar as linhas de crescimento do Brasil ao longo das décadas, o professor concluiu que o País possuía um desempenho melhor em um cenário econômico menos globalizado, o que ocorria antes dos anos 80. “A partir de 1982, quando a estourou a crise da dívida, o Brasil teve sua década perdida, voltando a crescer somente após 1990”.

Para ele, ponto chave que diferencia o crescimento vertiginoso da economia do leste da Ásia com o mais modesto crescimento da America Latina é a ausência de uma política construtivista, ao invés de um planejamento baseado principalmente no mercado financeiro

Congresso – O quarto e último painel do Congresso Brasileiro do Aço, organizado pelo Instituto Aço Brasil (IABr), teve ainda participação do presidente da CNI, Armando Monteiro, jornalista Miriam Leitao, dos ex-ministros da Fazenda economistas Delfim Neto e Mailson da Nóbrega, do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, coordenador geral da Ação Empresarial, e do deputado federal, Armando Monteiro.

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