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17/04/2010 - 11:40

Competitividade é o ponto central das discussões do painel Economia Mundial / Desafios do Crescimento para o Brasil


Delfim Netto, Jorge Gerdau Johannpeter, Maílson da Nóbrega e Armando Monteiro debateram o tema no Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo

Delfim Netto, economista e ex-ministro da Fazenda; Jorge Gerdau Johannpeter, coordenador geral da Ação Empresarial e conselheiro do Instituto Aço Brasil (IABr); Maílson da Nobrega, economista e ex-ministro da Fazenda e Armando Monteiro, presidente da CNI, com mediação da jornalista Miriam Leitão, participaram no dia 16 de abril (sexta-feira), do painel Economia Mundial / Desafios do Crescimento para o Brasil, no último da 21ª Edição do Congresso Brasileiro do Aço, realizado pelo IABr, de 14 a 16 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. O debate teve como base a apresentação do professor de política econômica internacional da Universidade de Harvard Dani Rodrik.

Delfim Neto destacou que a maior divergência do Brasil em relação à China é o setor público brasileiro, que nunca se ajustou à nova realidade, e apontou alguns tópicos essenciais para o desenvolvimento econômico nacional, como a taxa de câmbio competitiva e estável, a taxa real de juros parecida com a dos competidores e um Estado amigável com relação ao setor privado. “Crescer 5% é perfeitamente possível. Não precisamos mais do que isso e nem imitar a China”, afirmou ele.

A conclusão de Rodrik de que os governos têm que ouvir mais o setor privado foi a base da fala de Jorge Gerdau Johannpeter. Ele salientou que, para o setor siderometalúrgico, dependente do comércio global, a crise mundial ainda não acabou. “O País está em festa, por isso não consegue perceber a realidade. Se queremos ser competitivos mundialmente, é preciso ter uma visão macro, estratégica, desenvolver competência administrativa na área governamental, analisar os competidores e, principalmente, atingirmos a produtividade internacional resolvendo o problema da educação e da capacitação.”, diz ele.

Por sua vez, Maílson da Nóbrega, enfatizou os pontos fortes do Brasil dentro do cenário mundial: sistema financeiro sólido, estabilidade macroeconômica e menor vulnerabilidade a crises externas. Na comparação com países como Coreia e China, o ex-ministro alerta que “o Brasil não deve buscar seu desenvolvimento com base nesses países, já que não temos as mesmas condições deles. Não possuímos a política industrial coreana nem a política cambial chinesa”. Para ele, o objetivo agora tem que ser o aumento da produtividade, com reformas essenciais, atraindo capitais privados para a infraestrutura e melhorando a educação. “O Brasil tem um longo caminho, mas sob o manto das instituições e da capacidade empresarial, não há dúvida de que o País tem uma enorme possibilidade de aproveitar o cenário mundial pós-crise”.

A importância da competitividade no mercado global como algo determinante para o desempenho do Brasil nos próximos anos também foi destacada por Armando Monteiro, que acredita ser fundamental para isso a união entre o setor governamental e o privado. “Temos que lidar com duas agendas simultaneamente para aumentar a produtividade. Uma é a questão do sistema tributário, da infraestrutura e da logística e outra é a do desenvolvimento de competência, investindo na educação e na inovação”, afirmou.

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