Novos projetos de hotéis renovam otimismo da hotelaria carioca

Setor deve ganhar até nove mil leitos a curto prazo, estima ABIH-RJ.

A um ano da realização da primeira das grandes competições esportivas que o Rio de Janeiro receberá nos próximos anos, a preparação da hotelaria carioca para estes eventos está a pleno vapor. Projetos da ABIH-RJ, como os fóruns realizados entre os associados, mostram que o setor está unido e se preparando para receber bem os turistas do mundo todo. Em paralelo, a entidade vem se empenhando para aumentar, de forma sustentável, a oferta de quartos.

Para os Jogos Olímpicos, por exemplo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) exige 40 mil apartamentos. Hoje, a hotelaria carioca oferece aproximadamente 28 mil unidades. Esse déficit será vencido com a reforma, ampliação e construção de novos hotéis. Ainda assim, mais do que aumentar de maneira sustentável o número total de quartos para atender as exigências da Fifa e do Comitê Olímpico Internacional (COI), o setor também enxerga nas competições uma grande oportunidade para se renovar.

Capitaneados por grandes grupos brasileiros e internacionais, vários projetos de reforma, ampliação e construção de hotéis estão confirmados. Só a rede Windsor deve acrescentar em aproximadamente 1,8 mil sua oferta de quartos até 2012, número próximo ao que a francesa Accor pretende entregar. Outra bandeira estrangeira que está investindo é a BHG S.A. – Brazil Hospitality Group. A empresa, que possui dois empreendimentos em Copacabana, está finalizando a expansão de um novo prédio com mais 100 apartamentos, no Golden Tulip Regente, no mesmo bairro carioca e atualmente com 228 unidades.

O setor também aguarda com grande expectativa a reabertura do tradicional Hotel Glória, do Grupo EBX, que deve entrar em operação até o final de 2011 com investimento de R$ 120 milhões, e do Hotel Nacional, que está fechado desde 1995. Segundo Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ, a expectativa da hotelaria carioca é ampliar em 50% a oferta de apartamentos até os Jogos Olímpicos de 2016.

“Precisamos crescer e se renovar independentemente da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. A ocupação média nos hotéis cariocas cresce a cada ano. No Réveillon passado, por exemplo, atingimos 100% de ocupação em muitos hotéis, enquanto, no Carnaval, a média da capital atingiu 93,96 %, com destaque para a volta maciça dos estrangeiros. Além disso, o Brasil vive um bom momento econômico, o que deve movimentar bastante o turismo interno nos próximos anos”, avalia Lopes.