Declaração de Salvador, resultado de mais de 190 horas de discussão

Documento contém 55 tópicos e tem em comum o consenso de que os direitos humanos passam pela reforma da justiça Criminal.

Foram oito dias de discussões e debates até ficarem prontas as intenções, recomendações e reconhecimentos, relatados na síntese do 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça: A Declaração de Salvador.

A declaração nasceu do consenso das 103 delegações, representando os cinco continentes. “O legado de Salvador é a necessidade de cooperação internacional para que as pessoas tenham garantidas a justiça e a segurança, disse o secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Junior.

Cada um dos 55 tópicos da declaração foi resultado de plenárias diárias e de mais de 90 encontros paralelos. Ao todo, 192 horas de trabalho. Em comum, a certeza de que a reforma da Justiça Criminal é a chave para a garantia de direitos humanos, segurança e desenvolvimento. “Foi muito importante ouvir do Brasil, um país emergente, a proposta de mobilizar recursos financeiros para o combate ao crime”, afirmou John Sandage, secretário executivo do Congresso.

Durante uma semana, 3.000 autoridades e técnicos de crenças antagônicas e diversificados costumes circularam pelos quatro andares do Centro de Convenções da Bahia, palco das discussões. Cerca de 200 jornalistas da imprensa mundial repercutiram o evento.

O próximo passo será dado em Viena (Áustria). Em maio, a Declaração de Salvador, homologada na tarde desta segunda-feira (19), será submetida à 19ª sessão da Comissão das Nações Unidas para que seja posta em prática. [ www.crimecongress2010.com.br | Twitter.com/crimecongress]