Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

21/04/2010 - 10:12

E as boas notícias continuam


O setor automobilístico nacional pode permanecer comemorando que os indicadores continuam favoráveis. Se quem estiver lendo esse artigo for alguém que acompanha esse mercado de perto, poderá até estranhar o título otimista desta coluna, pois o mês de abril pode revelar-se um dos piores dos últimos tempos. As vendas provavelmente despencarão em relação ao mês passado (março).

No entanto, estamos falando de algo mais significativo que é o provável crescimento do setor em 2010. Os lançamentos de novos produtos ocorrem de acordo com o previsto, alguns modelos importados estão sendo antecipados em nosso mercado, os fabricantes nacionais investem para não perder terreno e novas montadoras devem chegar a qualquer momento.

Houve importante queda das vendas de autos no mercado internacional, especialmente na Europa. Na Alemanha, por exemplo, o governo suspendeu o bônus de 2.500 Euros para compra de carro novo. Em contrapartida, o Brasil caminha em direção oposta, se crescer o que se espera, provavelmente, encerrará o ano na quarta posição do ranking dos maiores países fabricantes de veículos automotores, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.

É ou não uma ótima notícia? Agora podemos ver claramente o quanto o Brasil poderia estar crescendo se não fosse a excessiva carga tributária que incide sobre os carros. Talvez seja uma ótima oportunidade para o governo perceber o quanto frutífero foi a sua decisão de reduzir, ainda que por pequeno interregno, o IPI – imposto sobre produtos industrializados – e adotar medidas inteligentes, adequadas, a fim de aliviar a carga tributária que mais prejudica do que beneficia o nosso país.

Temos muito mais a ganhar com o crescimento que gera emprego e distribui renda, do que com aumento de arrecadação, cuja verba nem sempre é adequadamente alocada e pouco tem contribuído para o desenvolvimento nacional. Aliás, basta observar o quanto ganhamos em emprego, aquecimento da economia, circulação monetária etc., com pequena e temporária redução do IPI. Já o mesmo não podemos dizer dos destinos dos recursos arrecadados que sequer consegue cuidar adequadamente da falta de saúde, educação ou evitar mortes por falta de cuidados públicos.

Com crescimento sustentado ganha o povo que pode consumir mais e melhor, ganha o governo, com tempo e recursos para fazer melhor o que lhe compete, ganham as organizações, que com custo menor, tem mais possibilidades de competir globalmente, ganha a nação, com visibilidade e prestígio internacional, ganha a economia com novos investimentos, ganha a sociedade, todos ganhamos.

No mais, é como dizia Paul Tagliabue: "O futuro não acontece - é moldada por decisões".

Pense nisso e ótima semana.

. Por: Evaldo Costa, Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil| Escritor, consultor, conferencista e professor.Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas” | Site: www.evaldocosta.com | Blog: http://evaldocosta.blogspot.com | E-mail: [email protected]

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira