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Guascor recebe R$ 82 milhões para completa reestruturação financeira

O Banco Real concede o crédito e, com o fechamento das negociações, a produtora de energia prevê faturamento na casa dos R$ 130 milhões em 2007 – 20% mais que no ano anterior.

São Paulo – O Banco Real, pertencente ao grupo holandês ABN AMRO, proporcionou a reestruturação de 100% do passivo financeiro da Guascor do Brasil, empresa especializada na geração de energia elétrica para regiões isoladas do Pará, de Rondônia e do Acre. Para isso, foi concedida uma linha de financiamento de R$ 82 milhões, com prazo total de 60 meses. A identificação dos princípios administrativos praticados pela produtora de energia com a política de negócios do Banco foi imediata, especialmente quanto a compromisso ambiental e responsabilidade social.

O crédito visa a reduzir o custo financeiro da Guascor; alongar seus prazos de financiamento, adaptando-os à sua capacidade de pagamento e reduzindo a exposição da empresa a eventuais situações de falta de liquidez; eliminar qualquer exposição ao risco de variação cambial; e adequar o nível de garantias. “Procuramos o Banco Real para reestruturar apenas a dívida em dólar e, assim, eliminar o risco cambial, mas nossas expectativas foram superadas”, afirma Marcela Bragatto, diretora financeira da Guascor do Brasil. “A instituição estudou a empresa a fundo, identificou-se com seus objetivos e apresentou uma proposta abrangente. Passamos a administrar um único contrato, em vez dos cinco previamente controlados – todos com características diferentes.”

Além da simplificação administrativa, a reestruturação financeira permitirá melhora significativa na margem de negócios do Grupo Guascor no Brasil. Ao considerar o cenário mais conservador, o EBITDA da empresa deve saltar de 27,7% em 2005 para 45% em cinco anos. EBITDA é a sigla em inglês para Earnings Before Interest Rates, Taxes, Depreciation and Amortization – tradução literal de Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Ou seja, o lucro é analisado apenas no que se refere ao negócio, descontando outras rendas que a empresa possa ter gerado no período. Trata-se de um dos indicadores mais utilizados na avaliação de corporações para os mais diversos fins. O faturamento da companhia deve chegar a R$ 130 milhões – 20% mais do que no ano anterior.

Com a operação, a Guascor desfrutará maior independência da matriz e acesso mais adequado ao mercado financeiro, o que possibilitará a continuidade de seu plano de expansão no setor de geração de energia elétrica brasileira. Segundo Joaquim Sanches Pereira, presidente da Guascor do Brasil, a empresa terá maior flexibilidade na tomada de decisões – o que implica conforto aos sócios para determinar novos investimentos ou planejar a distribuição de dividendos. “Estou seguro de que a negociação trará frutos positivos e duradouros para ambas as instituições”, afirma o presidente.

A Guascor - Levar energia a lugares afastados dos grandes centros urbanos e de difícil acesso. Esse é o principal trabalho da Guascor do Brasil. A empresa atende à demanda energética tanto de consumidores distantes quanto daqueles que necessitam de soluções específicas. No Brasil desde 1997, a empresa tem forte presença na região Norte, onde o quadro de isolamento e a falta de infra-estrutura urbana são mais marcantes. Lá, a Guascor conta com 71 usinas termoelétricas espalhadas por municípios de três estados: Acre, Pará e Rondônia.

De origem espanhola, o Grupo Guascor iniciou sua trajetória em 1966 como fabricante de motores e equipamentos de propulsão marítimos. A partir daí, destaca-se por oferecer soluções globais associadas à alta tecnologia. Tudo isso é refletido em seu potencial para participar de todas as etapas de geração de energia: projetos e estudos de viabilidade, comércio de equipamentos, construção, operação e manutenção. Atua também no setor marítimo, com produtos e serviços completos para sistemas de propulsão (motor, redutor e eixo) a embarcações de porte médio, como barcos de pesca, rebocadores e pequenos navios.

Atualmente, entre os clientes e parceiros da filial brasileira estão: Embraer, Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG), IGW, Latapack (Jacareí/SP), Silimed (RJ), Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE), Centrais Elétricas de Rondônia (CERON), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre) e Centrais Elétricas do Pará (CELPA).

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