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23/04/2010 - 10:33

Gerdau defende parceria do setor público com empresários

Durante exposição no Fórum de Comandatuba, executivo diz que gestão dos recursos é a melhor saída do que aumentar carga tributária.

O presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, defendeu nesta quinta-feira a adoção de ferramentas de gestão pelos governos federal, estaduais e municipais, como forma de obter melhores resultados. “Não é fácil e nem politicamente agradável, mas não é mais viável aumentar a carga tributária para obter mais receitas. É preciso gerir melhor os gastos públicos”, afirmou Gerdau, que participou do 9º Fórum Empresarial promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) em Comandatuba, na Bahia.

Segundo Gerdau, cuja exposição teve como tema “Ética e Eficiência na Gestão Pública”, o setor público precisa estabelecer e analisar metas de dez a 20 anos, e não visar apenas o período de gestão de cada mandatário. “Os empresários têm que participar e se envolver no processo da vida pública”, defendeu o executivo. “Como poderemos competir com a Coréia se aqui as crianças ficam, em média, apenas quatro horas por dia na escola? Nosso papel é decisivo para acabar com milhões de excluídos. Precisamos de uma relação de construção conjunta com o setor público.”

O professor Vicente Falconi, sócio-fundador do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), que também participou do evento, ponderou que esse tipo de parceria já rendeu bons resultados, como foi o caso do governo do Estado de Minas Gerais e da Prefeitura do Rio de Janeiro. No primeiro caso, o governo mineiro conseguiu atingir o equilíbrio fiscal em apenas um ano e meio; no segundo, a gestão municipal fluminense aumentou a arrecadação de ICMS consideravelmente em dois anos sem aumentar a carga tributária, apenas combatendo a sonegação.

“Redução de custos, no caso do setor público, significa redução de desperdício”, afirmou Falconi. “Hoje a prioridade de estados e municípios é o equilíbrio fiscal. Em um segundo momento, a prioridade deve ser saúde, segurança e educação. Este será o verdadeiro momento de produtividade”, acrescentou.

Um dos problemas deste tipo de parceria, segundo Falconi, está na instabilidade. “Com as eleições, há o risco de os eleitos mudarem o que foi feito. É preciso trabalhar a máquina burocrática”, disse.

LIDE - Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais completou em 2010 sete anos de atuação, registrando crescimento de 600%. Atualmente são 650 empresas associadas (com os braços regionais), que representam 44% do PIB privado nacional. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

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