SESI e Comitê Olímpico Brasileiro formarão atletas olímpicos

O SESI e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) vão unir forças para descobrir talentos esportivos e dar sequencia à carreira deles. A formação para desempenhos de alto rendimento visa competições como os Jogos Olímpicos, que serão realizados no Brasil em 2016. O Programa Atleta do Futuro, do SESI, que hoje atende 300 mil jovens de sete a 17 anos, dependentes de trabalhadores da indústria e membros da comunidade, servirá de base para encontrar participantes com esse potencial. O COB, que reúne 29 confederações esportivas, dará continuidade à descoberta. “Essa iniciativa é importantíssima para o futuro do esporte brasileiro. O legado tem que ser construído por vários agentes e o SESI, com o Atleta do Futuro, é um parceiro importante”, afirma o superintendente-executivo de Esportes do Comitê Olímpico Brasileiro, Marcus Vinícius Freire, que também é o paraninfo dos Jogos Nacionais do SESI, realizados até sábado (24/04), em Bento Gonçalves (RS). Ex-atleta, ele integrou a seleção brasileira de vôlei nas Olimpíadas de 1984.

Segundo Freire, o país conquistou reconhecimento internacional no ano passado ao ganhar o direito de sediar a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Por isso, ele afirma que o momento é propício para discutir ações voltadas para o esporte. “A identificação de novos atletas visa as Olimpíadas, mas é preciso deixar um legado para 2020, 2024, 2028. Para fazer uma ‘fábrica de atletas’ é necessário envolver todos os agentes possíveis, como os Ministérios da Saúde, da Educação, da Ciência e Tecnologia, e o SESI, que tem um papel fundamental”, avalia o superintendente do COB, que participou da reunião de superintendentes regionais do SESI, em Bento.

A meta do Programa Atleta do Futuro é chegar a 500 mil crianças e adolescentes matriculados nas instalações esportivas do SESI até 2015. Metade deles deverá ser inserida por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. A lei beneficia empresários que investem na atividade física de seus trabalhadores e dependentes e, como contrapartida, têm descontos no imposto de renda e lucro social. “Por enquanto, ainda são poucos os que investem neste formato. Por isso, a união do Movimento Olímpico, através do COB e confederações, com a indústria, através do SESI, é perfeita”, diz Freire.

O SESI planeja trazer os Jogos Mundiais organizados pela Confederação Internacional Esportiva do Trabalho (CSIT) para o Brasil em 2013, ano que a instituição comemorará seu centenário. A ideia, segundo o gerente de esporte do SESI nacional, Rui Campos, é aproveitar a infraestrutura que estará em construção para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. “As instalações terão padrão olímpico. Faremos o possível para acelerar a decisão da CSIT, pois já nos sentimos preparados para sediar as 12 modalidades disputadas”, explica Campos. Ele estima que a candidatura do Brasil seja feita em outubro deste ano e, em meados de 2011, haja a definição da Confederação Internacional.