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27/04/2010 - 05:40

O barulho nas grandes cidades vira problema de saúde pública

Essa foi à conclusão que o especialista Cláudio Coelho tirou ao finalizar pesquisa feita em alguns bairros mais movimentas do Rio de Janeiro: a surdez urbana.

Uma das preocupações do especialista ao fazer a pesquisa, era analisar até que ponto uma pessoa exposta à poluição sonora diária, poderia sofrer alterações orgânicas além da surdez. Ficou constatado que as perdas auditivas, provocadas pela poluição sonora, também eleva a pressão arterial e causa insônia, que por conseqüência, causa irritabilidade, indisposição, falta de atenção e agressividade.

Para Cláudio Coelho, otorrinolaringologista, membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e professor da Universidade Estácio de Sá. A poluição sonora das grandes cidades pode estar causando perda auditiva à população, principalmente nas pessoas expostas a ruídos acima de 85 decibéis por um longo período diário. “O problema está longe de ser resolvido, além do grave problema da surdez, a pessoa pode ter outros órgãos do corpo afetado”, alerta o médico.

Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou o aumento de 15% da surdez entre a população. “O mal começa, já na saída de casa para o trabalho, com o som das buzinas dos veículos, o som muito alto dos motores desregulados dos ônibus, o engarrafamento no túneis”, diz Cláudio Coelho, e observa, “certos profissionais trabalham tendo que suportam altos níveis de decibéis, como operários de obra, ferroviário, motorista, guarda de trânsito, DJ, entre outros”, diz.

Para ele, os jovens também correm grande risco. O hábito de ouvir MP3 e Ipods com o som que normalmente é acima do nível tolerável pelo ouvido agrava a perda de audição. “Aquele zumbido no ouvido depois de uma exposição a altos decibéis é um sinal que algo foi afetado e se esse ouvido continuar sendo exposto e lesado, a tendência é uma surdez em pouco tempo”, orienta. A surdez induzida pelo ruído aumentou cerca de 10% no Brasil, o que para o especialista, isso é um agravante.

Maneiras de evitar o problema – o especialista acredita que haja formas de se evitar que os ruídos intensos prejudiquem o estado geral do organismo. Descansar o ouvido totalmente pelo menos 30 minutos por dia é um deles, é o que diz o médico. “As pessoas precisam aprender a desligar-se de tudo por alguns minutos durante o dia e ficar uns dez minutos na parte da manhã, 10 min. à tarde e 10min. á noite em locais de silêncio completo”, aconselha. E dá outra dica: dormir no maior silêncio possível e utilizar tampões nos ouvidos ajuda. “Assim a pessoa não acorda no meio da noite e descansa mais o tímpano”, explica.

Cláudio Coelho lembra que é preciso ter atenção aos primeiros sinais de deficiência auditiva. “A surdez começa a aparecer muito devagar: a primeira dificuldade é escutar o sinal do telefone ou da campainha; a seguir, não se consegue compreender algumas sílabas das palavras. O terceiro sintoma é o assobio no ouvido”, descreve. Aos primeiros sintomas de dificuldade em ouvir bem, a vítima deve procurar um especialista, porque a surdez provoca isolamento e depressão.

Os males do barulho são: dilatação da pupila, insônia, irritabilidade, problemas na estrutura nervosa do ouvido, aumento hormonal da tireóide, tensão muscular, palpitação, hipertensão, náusea e contração da musculatura do estômago e do intestino. | Dia 28 – Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído! [www.dr.claudiocoelho.com.br ].

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