Presidentes de empresas assistem aos Jogos em Bento Gonçalves

A partida de vôlei de praia das equipes masculinas Showa do Brasil (AM) e Fábrica Coelho (CE), na tarde do dia 23 de abril (sexta-feira), durante os Jogos Nacionais do Serviço Social da Indústria (SESI), teve um espectador ilustre, pelo menos para os integrantes do primeiro time. O presidente da companhia no país, o japonês Yutaka Ueno, assistiu ao jogo enfrentando um frio de 12ºC com sensação térmica de 10ºC. Temperatura insuficiente para tirar o entusiasmo do CEO da fábrica japonesa.

Protegido por uma jaqueta de couro comprada às pressas no comércio de Bento Gonçalves, ele tentava espantar o frio com muito exercício físico: pulos e caminhada de um lado a outro em frente à quadra de areia. Tudo isso com um sorriso no rosto e o entusiasmo de um torcedor diante do seu time preferido. “Estou feliz. O esporte promove a confraternização entre empregadores e empregados”, diz ele, com forte sotaque.

Ueno nasceu em Sendai, conhecida cidade das árvores na ilha de Honshu, uma das quatro maiores do país. Da infância até à juventude, jogou tênis e chegou a participar de competições amadoras. Como espectador, declara-se apaixonado pelo vôlei e basquete. “Gosto da agilidade dessas duas modalidades”, explica.

 Os 1,6 mil funcionários da unidade da companhia em Manaus conhecem bem a predileção do chefe. Sempre que pode, ele acompanha os jogos dos times de vôlei de quadra e de praia. “Nos sentimos honrados com o interesse dele, já que acumula tantas obrigações”, diz Leandro Gomes, supervisor da área de planejamento e controle da empresa e líbero do time de vôlei de quadra.

Ueno contagia os demais membros da empresa com o seu fascínio pelo esporte. Junto com ele assistiram à partida de vôlei de praia em Bento Gonçalves o seu assistente Yasutoshi Suzuki e a diretora-geral Dalva Sugaya. Mesmo com a graduada torcida da Showa, o trio de vôlei de praia da empresa perdeu para a fabricante de massas do Ceará.

Gosto pelo futebol -  A exemplo do CEO da fabricante japonesa, o empresário Raul Randon também declara-se um apaixonado por esporte e sabe bem da importância dele entre os seus funcionários. “O esporte, seja qual for, une os trabalhadores. Nós vemos as alegrias deles”, afirma. A companhia gaúcha tem 11 atletas na sexta edição dos Jogos Nacionais do SESI, nas modalidades de natação e atletismo.

Presidente do conselho de administração do conglomerado Randon, líder no setor de implementos rodoviários na América Latina com sede em Caxias do Sul, ele admite ter uma preferência pelo futebol. Tanto que diz ter sempre ajudado a equipe representante da companhia.

O gosto pelo futebol mobiliza toda empresa e já chegou a incendiar ânimos da comunidade. Randon lembra uma partida contra a Marcopolo, também sediada em Caxias do Sul. “A disputa entre as duas companhias é um clássico, é o Internacional versus Grêmio”, afirma. Em uma dessas partidas, a Randon estava à frente no placar. O juiz, pressionado pela torcida da Marcopolo, estendeu o tempo regulamentar em trinta minutos para que os jogadores da fabricante de carrocerias de ônibus pudessem empatar. “E foi o que houve. Não fizemos nada porque a Marcopolo tinha uma torcida maior. Desta vez a pressão funcionou”, brinca.  

Os Jogos Nacionais reúnem 1020 atletas de 224 empresas de todo o país. Os melhores colocados em oito das dez modalidades em disputa se credenciam para representar o Brasil no Mundial da Confederação Esportiva Internacional do Trabalho (CSIT), em julho, na Estônia. A delegação do SESI terá atletas do atletismo, natação, voleibol, vôlei de praia, futebol, tênis, tênis de mesa e xadrez. A cerimônia de encerramento acontece na noite deste sábado, em Bento Gonçalves.