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27/04/2010 - 06:58

A liberdade de conduzir nosso próprio negócio

Um dos desafios de ser empresário no Brasil é submeter-se a uma legislação que sempre pende contra quem quer trabalhar e produzir riquezas. Nesta próxima semana, por exemplo, teremos o feriado de 1º de maio. Será sábado, dia em que a grande maioria dos consumidores desse País costuma se programar para fazer suas compras em família.

Em quase todas as cidades catarinenses os consumidores encontrarão as portas fechadas. Supermercados, lojas, shoppings e o comércio em geral estão impedidos de abrir e atender ao consumidor, em cumprimento a uma legislação ultrapassada, que em pleno século 21 continua se valendo de princípios e valores que há décadas deixaram de ser relevantes para a sociedade.

Tradição, costumes, religião e a opinião de que “sempre foi assim” não podem conflitar com algo fundamental nos tempos modernos, que é a economia do País e a necessidade de se movimentar uma máquina gigantesca, que envolve o desenvolvimento da Nação, a geração de empregos e a própria credibilidade do País e de suas instituições.

O Brasil evoluiu e com ele as pessoas e as relações entre capital e trabalho. As pessoas querem, acima de tudo, ter respeitado o seu direito de escolha. Querem poder trabalhar e escolher quando folgar. Querem escolher quando e onde comprar. Querem ajudar a fazer esse Brasil crescer, qualquer que seja o dia da semana ou do ano.

O mesmo objetivo têm os empresários, que pagam seus impostos, geram emprego, trazem investimentos para as cidades e contribuem para o desenvolvimento do País, mas não têm a liberdade nem para conduzir o próprio negócio e estabelecer as próprias regras de relacionamento com seus empregados.

Eu me pergunto, por que apenas o comércio sofre este controle, em que uma minoria decide quando podemos abrir ou fechar nossas empresas? Ninguém impede outros setores de trabalhar. Os que combatem o comércio aberto aos domingos e feriados geralmente não se importam de ir a restaurantes, farmácias, hospitais, postos de gasolina, panificadoras e outros segmentos de comércio e serviços nos finais de semana.

Há pessoas trabalhando nestes locais também. E trabalham porque querem, porque gostam do que fazem e porque sabem que o seu trabalho é essencial para movimentar esta máquina chamada Brasil. O mesmo acontece no comércio. O mesmo acontece na Havan, onde os funcionários querem trabalhar, porque gostam e porque a empresa oferece uma política de remuneração e compensação de horas muito vantajosa, que os beneficia.

Num País regido por uma legislação ultrapassada não causa estranheza que se reservem muito mais obrigações do que direitos a quem trabalha e produz, seja patrão ou empregado. Este sistema desconhece o que é a parceria ganha-ganha e ignora o fato de que patrões e empregados podem querer negociar diretamente entre si, conforme seus interesses individuais e baseados em vantagens atraentes, como devem ser as relações nos tempos modernos. Tudo para não deixar o Brasil parar.

. Por: Luciano Hang, Empresário

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