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30/04/2010 - 06:22

Baianos ganham reforço no tratamento de doenças hepáticas

Hospital das Clínicas passará, com inauguração de novo centro de tratamento, a realizar cirurgias de transplante de fígado.

A capacidade de atendimento do setor de Hepatologia do Hospital Universitário Professor Edgar Santos (Hupes), o Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia, pode duplicar. Isso, porque a instituição, que atende cerca de 300 pacientes portadores de doenças do Fígado semanalmente pelo SUS - Sistema Único de Saúde, pode passar a atender o dobro disso, 600 portadores de doenças hepáticas. A boa notícia se deve à inauguração da Unidade de Alta Complexidade em Hepatologia Professor Gilberto Rebouças, que destinou 22 leitos à hepatologia, num investimento de cerca de R$ 4 milhões. O número de leitos anterior, apenas quatro,era um dos complicadores para o combate às doenças que acometem o fígado, principalmente, câncer, hepatite fulminante e cirrose hepática.

A iniciativa permite ainda que o Hupes passe a realizar cirurgias de transplante de fígado, feitas até então em outro hospital conveniado ao SUS. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, cerca de 350 a 400 pessoas estão na fila de espera por um transplante de fígado na Bahia. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia e chefe do serviço de gastro-hepatologia do Hupes/UFBA, Dr. Raymundo Paraná, fatores como religião, medo, insegurança e falta de informação contribuem para que o número de doações não aumente. O novo serviço permitirá uma assistência integral aos portadores de doença hepática no SUS. Os serviços de assistência a estes pacientes no Brasil são escassos e quase todos concentrados no eixo Sul/Sudeste. Os portadores de doença hepática no SUS acabam acompanhados por Gastroenterologistas, Infectologistas e Clínicos, cujas expertises não contemplam a complexidade das doenças do fígado.

Esta unidade servirá como polo multiplicador para o Norte-Nordeste-Cenrto-Oeste, uma vez que oferecerá a possibilidade de treinamento de médicos do serviço público na carente especialidade da Hepatologia.

A Sociedade Brasileira de Hepatologia reconhece a necessidade de diversos centros deste tipo no Brasil, não só para garantir a assistência aos portadores de doenças do fígado, como também para formar mais médicos nesta especialidade, uma vez que o serviço público de saúde tem imensa carência destes profissionais.

Atendimento multidisciplinar - Segundo Dr. Paraná, para o bom atendimento em hepatologia, se faz necessária a complementaridade com serviços de excelência em patologia de fígado, imagem e cirurgia de fígado. Na realidade do SUS, especialmente na carência de Hepatologistas do país, torna-se difícil juntar todos estes predicados num único hospital. Assim, a assistência a estes pacientes acaba fragmentada, comprometendo a sua qualidade, eficácia e eficiência.

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