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02/06/2007 - 07:31

Missão empresarial vai à Índia para aumentar comércio bilateral

Brasília– A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estará à frente da missão empresarial brasileira que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Índia. O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, coordenará a delegação de 116 empresários, representando 66 empresas, em encontros com as entidades de representação da indústria indiana, entre 3 e 5 de junho.

O objetivo da missão empresarial é estabelecer novas oportunidades de comércio bilateral entre Brasil e Índia. No ano passado, a corrente de comércio (exportações mais importações) foi de US$ 2,412 bilhões, um aumento de 3,07% ante o ano anterior, quando o valor total do comércio havia sido de US$ 2,340 bilhões.

A maior preocupação é de aumentar as exportações brasileiras, que caíram 17,5% de 2005 (US$ 1,137 bilhões) para 2006 (US$ 937 milhões). O empresariado nacional quer conhecer o mercado, estudar os setores de interesse, criar relacionamento e, se possível, já fechar contratos de negócios, explicou o gerente executivo de comércio exterior da CNI, José Frederico Alvares. “Os empresários vão para uma atividade de prospecção, para buscar uma aproximação com as empresas indianas”, salientou.

Um passo importante para se alcançar esse objetivo será dado com a criação do Conselho Empresarial Brasil-Índia. As negociações, de acordo com Alvares, estão em um estágio avançado, com participação tanto dos empresários dos dois países quanto dos governos. “O Conselho pode ser um foro importante para captar os interesses comerciais dos empresários, dos industriais, para levá-los aos dois governos. Por isso que a formatação quadripartite é importante, para que a aproximação dos empresários com os governos seja facilitada”, afirmou Alvares.

Um recente estudo da CNI, “As relações comerciais entre Brasil e Índia: oportunidades para o Brasil”, apontou a necessidade de maior redução das tarifas comerciais. Apesar de existir um acordo comercial entre a Índia e o Mercosul, ele está longe do ideal. Segundo o estudo, as preferências tarifárias garantidas pelo tratado são pequenas nos produtos de tarifas altas e mais substanciais naqueles em que as sobretaxas já são pequenas.

O estudo, então, sugere a retomada das negociações para que, no médio prazo, se alcance um acordo de livre-comércio entre o bloco sul-americano e os indianos. “O Conselho Empresarial Brasil-Índia terá um importante papel nesse processo”, disse Alvares. Ele lembrou que, conforme consta do estudo, a Índia é um país de economia de médio porte e de crescimento elevado, importadora de produtos nos quais o Brasil é competitivo. Por isso a Índia é um mercado prioritário para o Brasil, segundo o estudo.

Os empresários brasileiros terão uma reunião de coordenação no dia 3, quando chegarão à Índia. No dia seguinte, participarão do seminário Brasil – Índia: uma nova fronteira para oportunidades de negócios (Brazil-India: a new frontier for business opportunities) e de workshops setoriais de biocombustíveis, infra-estrutura, logística e tecnologia da informação.

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