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05/05/2010 - 06:25

Alianças empresariais alavancam negócios na indústria brasileira de TI

Congresso da SOFTEX apresentará casos de sucesso de diferentes modelos associativos

São Paulo - Estratégias associativas proporcionam às empresas não apenas a penetração de forma mais acelerada em novos mercados, mas também a consolidação do market share em nível global, a obtenção de sinergias de natureza tecnológica, financeira, mercadológica e organizacional, além de gerar a possibilidade de maiores ganhos e vantagens competitivas.

Um estudo conduzido pela equipe de consultores do Programa de Alianças Empresariais (PAEMP) da SOFTEX [www.softex.br] concluiu que são três os modelos de negócios mais adequados ao setor de TI: fusões e aquisições; consórcios de empresas e joint-ventures. E as razões para isto são simples: possibilitam a obtenção de resultados de negócios no médio prazo, não exigem investimentos expressivos e são mais adequadas ao perfil das companhias nacionais deste segmento, que são em sua maioria de pequeno e médio porte.

Para apresentar de que forma a adoção destes modelos pode contribuir para alavancar a indústria brasileira do setor, não apenas no exterior, mas também no mercado nacional, a organização do “CONATI/SOFTEX - Congresso SOFTEX de Alianças Empresariais” [www.conati.softex.br] reuniu para uma série de palestras na tarde desta quarta-feira, 5 de maio, executivos da Senior Solution, da Advanced IT e da UNACORP.

Ao longo dos últimos cinco anos, a Senior Solution Financial Expertise adquiriu uma série de empresas com o objetivo de consolidar a sua atuação como fornecedora de soluções para o setor financeiro. Tudo isto com a meta clara de ser para o setor financeiro o que a Totvs é para o mercado de soluções de ERP.

Neste processo, que envolveu a incorporação da NetAge, da Pulso, da Intelectual Capital e da Impactools, a Senior se beneficiou da sinergia decorrente do processo para conseguir reduzir despesas e custos em aproximadamente 20 %. Esse movimento permitiu ainda que ela assumisse a liderança em seu segmento tanto em faturamento como na oferta de produtos e no número de clientes. Em 2009 a companhia registrou um faturamento de R$ 32 milhões; seis vezes maior que há cinco anos, quando realizou a primeira aquisição.

“Nós somos a prova de que a opção por aquisições de empresas como estratégia de consolidação de mercado dá resultado. Hoje somos uma companhia maior, mais rentável, mais competitiva, mais competente e lucrativa para os nossos acionistas. Neste processo foi mais fácil integrar softwares e sistemas do que pessoas, mas superamos este desafio e aprendemos muito”, analisa Bernardo Gomes chief executive officer (CEO) da Senior Solution Financial Expertise.

Para o executivo, muitos empresários ainda enxergam suas empresas como um “filho”, não como um negócio. “Mas esta realidade está mudando e a SOFTEX tem um papel de fomento e conscientização muito importante a desempenhar para que esta indústria possa ganhar escala e visibilidade global”, acrescenta Gomes.

Outro relato de sucesso é da gaúcha Advanced IT, presente no mercado há mais de quatorze anos entregando serviços e soluções em tecnologia. Hoje ela tem entre seus clientes nove entre as dez maiores indústrias do Rio Grande do Sul. A companhia, fundada em 2003 é resultado da fusão de três empresas. “Percebemos que se não trabalhássemos em conjunto não cresceríamos, já que todas competiam no mesmo mercado com sobreposição de produtos, e ainda abriríamos espaço para outros competidores. Mas juntas seríamos uma empresa mais robusta capaz de atingir os grandes clientes”, relembra Márcio Miorelli, presidente da Advanced IT.

“Passamos dois anos analisando produtos e serviços ofertados, e a possibilidade de evoluirmos para um novo plano de negócios em uma empresa nova. Contratamos uma consultoria para avaliar o novo modelo de negócios e optamos pela fusão. Fundamos uma nova empresa, uma SA, e adotamos as boas práticas de governança corporativa para atingir os requisitos de mercado”, acrescenta Miorelli.

Hoje a companhia atingiu um faturamento de R$ 10 milhões e incorporou em sua carteira clientes de porte como Renner, Rio Grande Energia, INMETRO, Tribunal de Contas do Estado e Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).

Exemplo bem-sucedido na modalidade consórcio, a UNACORP surgiu em 2007 através da união de seis empresas filiadas à SOFTSUL. Transformada em uma Sociedade Anônima no final de 2009, ela reúne hoje quatro empresas desenvolvedoras de software: Advanced IT, KENTA, Qualità e SoftDesign. A SOFTSUL participa da iniciativa na condição de sócia institucional. A UNACORP tem por objetivo realizar ações de promoção comercial voltadas à exportação de software e serviços, gerando oportunidades em novos mercados, tendo já participado de uma série de eventos internacionais na Europa e no Oriente Médio.

“Tínhamos vários empresários locais desenvolvendo iniciativas de exportação e a idéia do consórcio surgiu para compartilharmos investimentos e despesas. Atualmente estudamos planos para abrir capital e para envolver novos empresários. Há uma barreira cultural a ser vencida pelos empresários brasileiros e precisamos quebrar este paradigma. Alianças associativas, seja qual for o modelo, são uma tendência no segmento de TI. Só assim poderemos competir no mercado nacional e internacional”, ressalta Márcio Miorelli.

“O objetivo deste Congresso é conscientizar as empresas para a importância das alianças associativas como estratégia para garantir a sua perenidade e competitividade no longo prazo. Iniciamos aqui um trabalho de fomento que terá continuidade por meio uma série de iniciativas que desenvolveremos ao longo deste ano”, conclui Arnaldo Bacha, vice-presidente executivo da SOFTEX.

.I Congresso SOFTEX de Alianças Empresariais – CONATI, dias 5 e 6 de maio, das 9h às 18h, no Hotel Maksoud Plaza - Alameda Campinas, 150.

SOFTEX [www.softex.br] – A Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX) é gestora, desde a sua criação em 1996, do Programa para Promoção da Exportação do Software Brasileiro – Programa SOFTEX, considerado prioritário pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). As seguintes diretrizes pautam o trabalho da SOFTEX: disseminação e auxílio à implantação das melhores práticas em desenvolvimento de software; capacitação de recursos humanos para o setor; auxílio à obtenção de recursos financeiros junto a fontes públicas e pr ivadas; produção e disseminação de informações qualificadas sobre a indústria brasileira de software e serviços de TI; apoio ao empreendedorismo e à inovação; formulação de políticas de interesse do setor; e apoio à criação e ao desenvolvimento de oportunidades de negócios tanto no Brasil como no exterior. O “Sistema SOFTEX” reúne mais de 1.600 empresas de todo o território nacional e é integrado por uma ampla rede de agentes regionais que prestam apoio e orientação local às empresas em seu entorno. As ações da SOFTEX contam com o apoio institucional, técnico e financeiro de diversas entidades, entre as quais ABES, ABDI, ABINNEE, Apex-Brasil, ANPROTEC, ASSESPRO, BID, BNDES, CNI-SENAI, CNPq, FENADADOS, FENAINFO, FINEP, Frente Parlamentar de Informática, MCT/SEPIN, MDIC, S BC e SEBRAE.

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