Ashland assume controle da Ara Química

Conclusão da joint venture tornará mais ágil o processo de nacionalização das resinas lançadas nos EUA.

Líder mundial em tecnologia para a produção de resinas poliéster e éster-vinílicas, a Ashland Performance Materials, divisão do grupo norte-americano Ashland Inc. (NYSE:ASH), assumiu o controle integral da brasileira Ara Química. O negócio concluiu a joint venture assinada em 1999, quando foi criada a Ara Ashland, uma das principais companhias do setor local de compósitos – nome do material resultante da combinação entre resinas e fibras de vidro.

“A Ashland é uma empresa global, por isso considera extremamente importante a sua participação efetiva no mercado brasileiro”, comenta Andrew Beer, novo executivo responsável pelos negócios da Ashland Performance Materials na América do Sul. Nascido em Vancouver, Canadá, Beer é formado em química e atua na corporação desde 1998. Possui grande experiência internacional e, até assumir a operação sul-americana, era o diretor global de produtos da área de resinas éster-vinílicas.

Segundo Beer, o cenário encontrado dez anos depois do início da parceria não poderia ser melhor. “Além de atender os principais consumidores de resinas da região, a Ara Ashland cresceu até se tornar uma das líderes de mercado. Agora, manteremos esse crescimento de forma sustentável, alinhados aos preceitos de governança e respeito ao meio ambiente que são fundamentais para a Ashland”, analisa.

Sob o ponto de vista dos clientes, Beer acredita que a conclusão da joint venture trará uma série de benefícios, entre eles, a rápida nacionalização de produtos lançados pela Ashland. “Desde que haja demanda local, estaremos preparados para suprir rapidamente os transformadores brasileiros. É o caso, por exemplo, das resinas derivadas de soja ENVIREZ®, que já estão sendo testadas por alguns transformadores de compósitos do Brasil”, afirma.

Os times técnico e comercial não serão reformulados, assim como a rede de distribuidores que até agora atendeu à empresa na América do Sul. “Estamos muito satisfeitos com a política destinada a esse canal de vendas”.

Ao todo, a Ashland Inc. conta com cinco sites no Brasil, que sustentam quatro tipos de negócio da empresa. A fabricação de resinas poliéster está concentrada no complexo industrial situado em Araçariguama (SP). Outras atividades, como a produção de resinas fenólicas (indústria de fundição) e de químicos (tratamento de água e fabricação de papel), localizam-se nas cidades paulistas de Campinas, Paulínia, Leme e Americana.

“A Ashland está plenamente comprometida com os seus clientes brasileiros e sul-americanos em geral. Faremos o máximo para atendê-los com o que há de mais atual em termos de tecnologia para a transformação de materiais compósitos”, completa Beer.

Com 40.000 aplicações catalogadas em todo o mundo, os compósitos são mais identificados no Brasil pelas aplicações na construção civil, indústria que lidera a demanda local – foi responsável por 46% das 182.000 toneladas consumidas em 2009. Caixas d´água, telhas, banheiras e piscinas são alguns dos exemplos de uso do material, mas ele está presente também em embarcações, pás eólicas e revestimentos anticorrosivos. Segundo a Associação Brasileira de Materiais Compósitos (ABMACO), o setor movimentou US$ 1.25 bilhão no ano passado, cifra que, segundo as projeções da entidade, deve aumentar 3% este ano.

Perfil Ashland - Fornecedora de centenas de especialidades químicas, a Ashland Inc. (NYSE:ASH) é um grupo norte-americano presente em mais de cem países, onde desenvolve soluções para as indústrias da construção civil, embalagem, transporte, náutica e de fundição de metais. Opera a partir de cinco unidades comerciais: Ashland Aqualon Functional Ingredients, Ashland Hercules Water Technologies, Ashland Performance Materials, Ashland Consumer Markets (Valvoline) e Ashland Distribution. [ www.ashland.com ]