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07/05/2010 - 09:29

Sociedades organizadas pelo conhecimento

Por que não imaginar novas tecnologias, como transporte por teleféricos que nos levem de nossos domicílios até o trabalho?

O oceanógrafo e ecologista Jean-Michel Cousteau navegou por todo o Rio Amazonas até a sua foz para entender melhor o mar. É belíssimo o seu relato sobre a forte conexão que existe entre as espécies e como tudo isto forma um sistema único e integrado. Essa relação natural pode servir de metáfora a movimentos que tiveram início nas empresas e impactaram toda a sociedade, como os saltos no nível dos serviço prestados ao consumidor e na qualidade dos produtos que aconteceram sob o nosso nariz nos últimos 20 anos. Pessoas foram treinadas e sistemas de gestão que assegurassem padrões foram implantados. Uma verdadeira revolução ocorreu nas organizações. Nós, membros da sociedade, fomos beneficiados e — por que não dizer? — mudamos por causa dessas iniciativas.

Muito precisa ser melhorado, mas soaria falso não reconhecer os avanços dos últimos anos. O surgimento de um gerenciamento empresarial que leva em consideração o meio ambiente e os problemas sociais é um exemplo de transformações com direto e benéfico impacto na sociedade.

Mas a maior dessas mudanças que falo seja, talvez, a proliferação de arranjos estruturais voltados à inovação, como os parques tecnológicos e as tecnópolis, novas configurações locais que podem transformar profundamente nossa sociedade e a forma como vivemos. Apesar da inovação ser o objetivo central desses ambientes, seus resultados chegam a múltiplas dimensões, como desenvolvimento urbano, geração de riquezas e melhoria da qualidade de vida. Um exemplo desse tipo de arranjo é Kista Science City, localizada nos arredores de Estocolmo, na Suécia. Trata-se de um pólo voltado principalmente para tecnologia da informação e comunicação que reúne mais de 500 companhias desse segmento econômico.

O Brasil segue este movimento internacional com aproximadamente 30 parques tecnológicos e similares já em operação. As configurações são as mais variadas. Eles podem ser fechados em forma de verdadeiros condomínios acadêmicos empresariais, nos quais se escolhem os participantes pela vocação ou orientação tecnológica, ou abertos, como é bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, que se articula para se reinventar em torno do tema da inovação.

Em casos como o último, empresas, universidades, instituições culturais, entidades de classe e demais partes interessadas, promovem, por meio de um sistema de planejamento e governança, o desenvolvimento na região, com impactos e geração de riqueza para toda a rede de fornecedores de serviços, varejo e estrutura imobiliária local. Muitas vezes esses atores interagem e se conectam a políticas públicas e aos planos de investimento, deixando que o planejamento urbano não seja apenas papel do Estado.

É por iniciativas como essas que acredito que muitos dos nossos sonhos de projetos integrados e integrais são viáveis. Por que não imaginar novas tecnologias, como transporte por teleféricos que nos levem de nossos domicílios até o trabalho? Quem sabe “muros” se dissolvam e vivamos e trabalhemos em estruturas em rede totalmente, isto é, estruturas diferentes dos organogramas aos quais estamos habituados. Talvez isso seja esperar demais. Mas sem dúvida estamos caminhando rumo a uma grande mudança devido a essa revolução do conhecimento. O principal resultado pode ser uma sociedade mais coesa e solidária.

.Por: Valter Pieracciani, Sócio-diretor da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas e autor do livro Usina de Inovações. | Pieracciani – (www.pieracciani.com.br) - Criada em 1992, a Pieracciani vem construindo um novo referencial na consultoria de gestão: A Consultoria Progressiva. Tornou-se líder dentre as consultorias do país na laboração e implementação de programas integrados de gestão da inovação em organizações do setor público e privado. Sua metodologias tem foco na transformação dos clientes e são baseadas no planejamento e capacitação envolvendo pessoas, processos, ambiente e cultura das organizações. Seus projetos potencializam a inovação em diversas dimensões (produtos e serviços, processos, modelo de negócios e gestão). Com mais de 400 projetos executados, a empresa possui entre seus clientes as empresas mais inovadoras do Pa&iacu te;s dentre as quais: AmBev, Nestlé, Petrobrás, Pirelli, Tetra Pak, Rigesa, Odebrecht e Avon.

Desde 1998, a Pieracciani também representa no Brasil a norte-americana Pritchett Rummler-Brache, líder mundial na área de desempenho individual e das organizações, presente em 60 paises e que tem como clientes 80% das 500 maiores empresas dos USA (Fortune).

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