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11/05/2010 - 09:31

Novo estaleiro no Rio de Janeiro deverá gerar 5 mil empregos


Governador Sérgio Cabral anuncia abertura do Inhaúma (antigo Ishibras), durante seminário sobre o setor naval offshore, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico na Firjan.

O Rio de Janeiro vai ganhar mais um grande emprendimento na área naval e offshore: o Estaleiro Inhaúma, que ocupará as antigas instalações do Ishibras, arrendado pela Petrobras na Zona Portuária. A retomada das operações do estaleiro, para construção e reparos de embarcações, deverá gerar cerca de cinco mil empregos diretos. O anúncio foi feito no dia 10 de maio (segunda-feira), pelo governador Sergio Cabral e pelo secretário Júlio Bueno, na abertura do seminário “Balanço do Setor Naval e Offshore”, promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, no auditório da Firjan.

Antes do evento, Cabral e Bueno estiveram reunidos com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para discutir “detalhes tributários” envolvendo a instalação do novo empreendimento. “Em três ou quatro semanas vamos resolver a questão dos créditos de ICMS para atender à demanda da Petrobras. Ainda esta semana, será definida a questão do ISS (Imposto sobre Serviços) junto à Prefeitura do Rio”, disse o governador, referindo-se ao pleito da Petrobras para redução de 5% para 2% deste tributo municipal.

Em seu discurso, Bueno destacou que o Estaleiro Inhaúma representa mais um importante passo para a consolidação do setor naval e offshore no Rio de Janeiro. Em junho, anunciou o secretário, também será lançada a pedra fundamental do Estaleiro da Marinha, em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, onde serão fabricados submarinos nucleares, em parceria com o governo francês, um investimento de R$ 4,3 bilhões. “A previsão é que sejam criados de dois mil a quatro mil empregos neste novo estaleiro”, destacou o secretário.

Hoje, o Rio concentra 15 dos 25 principais estaleiros em operação no país, associados ao Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval). Juntos, estes empreendimentos geram 25 mil empregos diretos, incluindo a indústria fabricação de embarcações de lazer, que empregam outros cinco mil trabalhadores. A expectativa é que o setor amplie ainda mais sua atuação no estado a partir dos investimentos previstos na exploração e produção do pré-sal.

Deputado federal Edmilson Valentim

O seminário reúne cerca de 300 pessoas, entre empresários, executivos e trabalhadores das empresas da cadeia naval e offshore, além de representantes do governo estadual, de prefeituras e entidades do setor. A mesa de abertura reuniu, além do governador e do secretário, o presidente do Conselho Empresarial de Política Econômica e Industrial da Firjan, Carlos Mariani; o diretor do Sinaval, Sergio Leal; o diretor do Fórum dos Trabalhadores da Construção Naval e Offshore, Joacir Pedro, e os deputados federais Edmilson Valentim (PCdoB) e Luís Sergio (PT) e o deputado estadual Rodrigo Neves (PT).

O evento coloca em pauta investimentos superiores a R$ 3,7 bilhões em três anos na indústria naval offshore fluminense, novas oportunidades de negócios e as ações do Governo do Estado para apoiar esses projetos, garantir a competitividade do setor e atrair novos empreendimentos. De acordo com o documento Decisão Rio 2010-2012, produzido pela Firjan, o setor receberá 18,1% dos R$ 20,3 bilhões previstos para a indústria de transformação do estado no período.

De acordo com o secretário, outros investimentos estão sendo realizados em expansão e modernização, para que os estaleiros fluminenses possam absorver a demanda crescente por construção e reparo de embarcações. Há ainda boas perspectivas para a cadeia produtiva, como o fornecimento de máquinas e equipamentos para estaleiros e oportunidades para o setor de navipeças, já que o índice de conteúdo nacional dos navios é de 65%.

O seminário teve apoio do Sistema Firjan, da Companhia Docas, da Onip, do Sinaval, do Fórum dos Trabalhadores da Construção Naval e Offshore e do jornal O Dia. No primeiro painel, sobre o tema “Mercado de Oportunidades – Demanda e Política Fiscal”, foram apresentados os planos de aquisição da Petrobras, Transpetro, Marinha do Brasil, Log-In Logística Intermodal e BR Marinas, enquanto o governo estadual mostrou os benefícios tributários previstos para a cadeia naval e offshore.

Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o fórum reuniu representantes da Petrobras, Firjan, Sebrae, Onip e IBP e vai contribuir para o fortalecimento da indústria fluminense para atender às demandas de bens e serviços da cadeia produtiva de petróleo e gás, principalmente frente às oportunidades que serão geradas pela exploração e produção no pré-sal. A entidade atuará de forma ampla e integrada com os fórums já existentes na Bacia de Campos, em Macaé; no Leste Fluminense, que abrange o Comperj, e em Duque de Caxias, ligado à Reduc.

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