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05/06/2007 - 10:24

Brasil e Índia assinam sete acordos de cooperação durante encontro em Nova Delhi


Brasil e Índia assinaram dia 4 de junho, sete acordos, sendo quatro entre governos. A assinatura de atos ocorreu no começo da tarde (horário local), após reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o primeiro-ministro indiano Manmoham Sing e reunião ampliada com ministros dos dois países.

Os acordos assinados foram nas áreas de co-produção audiovisual, cooperação para processamento de dados por sensoriamento de satélites, troca de experiências em questões aduaneiras e programa de intercâmbio acadêmico.

Outra parceria firmada possibilitará ações conjuntas da Petrobras e a empresa indiana de petróleo e gás. Também foi assinado acordo de cooperação entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o instituto indiano correspondente (National Consul for Applied Economic Research).

Em discurso durante a instalação do Fórum de Executivos Brasil-Índia, o presidente Lula destacou o papel das lideranças empresariais com o aprofundamento das relações econômico-comerciais entre os dois países.

“Nossas economias estão em franca expansão, abrindo caminho para um ciclo consistente de crescimento sustentado. Estão dadas as condições para nossos empresários explorarem as potencialidades comerciais de duas economias prósperas”, afirmou o presidente.

"Índia e Brasil são duas grandes democracias, somos dois importantes países que estão no caminho de grande expansão da economia", disse Lula a repórteres antes do encontro com Singh.

Nos últimos anos, os dois países estabeleceram fortes laços estratégicos e de negócios e passaram a ter posições comuns em importantes assuntos, como as conversas sobre o comércio global e a expansão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Precisamos trabalhar rumo ao desenvolvimento de ambos os países...reforçar nossas relações comerciais", afirmou o presidente brasileiro após uma recepção no palácio presidencial indiano.

Em 2006, o comércio entre Brasil e Índia alcançou 2,4 bilhões de dólares. Além disso, os investimentos mútuos nos países também aumentaram.

Lula e Singh devem não só discutir comércio, mas também o uso de biocombustíveis na Índia, cooperação nuclear civil e mudanças climáticas, segundo autoridades indianas.

As empresas indianas têm se concentrado em investimentos e joint ventures na indústria farmacêutica e nos setores de TI e energia brasileiros, enquanto as companhias do Brasil têm Os dois países querem quadruplicar o comércio para 10 bilhões de dólares até 2010. Apostado na infra-estrutura da Índia e nos setores de processamento de alimentos e energia.

O Fórum de Executivos Brasil-Índia, que terá 15 altos executivos de cada país, será presidido pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e pelo empresário Ratan Tata, dono da maior indústria automotiva da Índia.

Antes da visita do presidente Lula, autoridades brasileiras reclamaram da hesitação da Índia em abrir mais seus mercados para importações agrícolas e apontaram para uma queda das exportações do Brasil para Índia em 15 por cento, para 937 milhões de dólares, no ano passado.

O presidente da Petrobras adianta que será assinado acordo com a Oil and Natural Gás Corporation (ONGC) que permitirá a exploração pela estatal brasileira de três blocos de petróleo na Índia. O contrato reforça a estratégia de inserção da companhia na Ásia. Pelo acordo, segundo o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, a companhia indiana vai explorar um bloco petrolífero da Bacia de Campos (RJ), além de outros dois, no Norte e no Sul do País.

Além da d cooperação na área de biocombustíveis e audiovisual, parceria Petrobra s-ONGC, também dará início a uma operação, no fim de 2007, de uma das duas montadoras de carrocerias de ônibus que a Marcopolo tocará na Índia em parceria com a Tata - conglomerado que responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) indiano. A outra montadora começará a funcionar em 2008.

A Marcopolo evita falar em cifras. Mas deixa clara sua estratégia de atingir, em 2013, uma produção anual de 25 mil ônibus adaptados às precárias condições de tráfego nas cidades indianas e em boa parte da Ásia - e bem mais baratos.

Segundo o vice-presidente da Marcopolo, José Antonio Martins, os modelos serão bem mais simples que aqueles que circulam no Brasil, mas com respeito a um critério de qualidade imposto pela empresa brasileira. O custo da produção tenderá a despencar. A hora trabalhada na Índia vale de US$ 0,50 a US$ 1. No Brasil, de US$ 5 a US$ 6. 'Se formos atacados pela China, no futuro, podemos reagir com essa produção indiana', afirmou.

Negociado ao longo dos últimos cinco anos, o acordo Marcopolo-Tata prevê que a companhia indiana não poderá explorar mercados onde a brasileira mantém fábricas - Brasil, México, Colômbia e Rússia. Para entrar naqueles onde o produto da empresa brasileira já circula, terá de negociar. Em contrapartida, 100% das peças usadas terão origem indiana.

Outra gigante brasileira que deve fazer ótimos negócios com empresas indianas é a Embraer, há possibilidade de novas encomendas em futuro próximo. | Foto: Presidente Lula, ao lado do presidente da Índia, Auul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam (E), e do primeiro-ministro, Manmoham Singh | Por: ABr/Fator Brasil

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