Porto e Sebrae dão largada em projeto de qualificação dos serviços da cadeia logística

A Autoridade Portuária de Itajaí e Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) deram a largada no projeto de implantação de um selo de qualidade para os serviços prestados pela cadeia logística local. O objetivo é, por meio da certificação, ampliar a concentração de cargas no Porto de Itajaí e demais terminais instalados na foz do Rio Itajaí e, consequentemente, ampliar a oferta de rotas e escalas das empresas armadoras no município.

As primeiras ações integrantes do projeto envolvem o mapeamento do processo da cadeia logística e a identificação de gargalos e terão início na segunda quinzena de maio. Após essa etapa, será formalizado um “arranjo produtivo da cadeia logística”, que vai englobar os terminais portuários e retroportuários, transportadores de cargas, despachantes aduaneiros, agentes marítimos e órgãos intervenientes e representantes de outros setores produtivos ligados a atividade de logística, transporte e comércio exterior, na busca de qualificar os prestadores de serviços e, consequentemente, agregar qualidades aos serviços oferecidos pelo Complexo Portuário do Itajaí.

O cronograma foi apresentado pelo coordenador regional do Sebrae para a região da Foz do Rio Itajaí, Jean Rafael Gern, em reunião realizada nesta quinta-feira na sede do Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi/APM Terminals). Estiveram presentes representantes dos Porto de Itajaí, Teconvi/APM Terminals, Portonave SA – Terminais Portuários Navegantes, representantes das empresas de transportes, agências marítimas, despachantes aduaneiros, terminais retroportuários, Associação Empresarial de Itajaí (ACII), Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Emprego e Renda (Sedeer), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Qualidade – A ação faz parte da estratégia adotada pela Autoridade Portuária para buscar alternativas que contribuam para o incremento da atividade portuária e surge como uma opção para ampliar a competitividade do Complexo de Itajaí nos mercados nacional e internacional.

“O Sebrae está nos propondo um ‘arranjo produtivo da cadeia logística de Itajaí’, inclusive com a criação de um selo de qualidade para as empresas que operam em todos os segmentos ligados à atividade portuária. O objetivo é qualificar os serviços disponibilizados no município”, informa o diretor comercial do Porto de Itajaí, Robert Grantham.

Ele explica que a certificação vai exigir que as empresas que aderirem ao arranjo produtivo cumpram uma série de quesitos que vão agregar qualidade aos serviços oferecidos em Itajaí, tornando a cadeia logística de Itajaí um referencial no Brasil e exterior. Grantham informa que essa ação já é utilizada por outros portos fora do Brasil, a exemplo do Porto de Valencia, na Espanha, com excelentes resultados.

Grantham acredita que aumentando sua competitividade e agregando qualidade aos serviços disponibilizados, a região vai atrair mais cargas e, consequentemente, os armadores ampliarão o leque de serviços oferecidos no Porto. “O nosso Complexo já é conhecido nos mercados interno e externo pelo excelente padrão de qualidade dos serviços oferecidos pela cadeia logística. Porém, não podemos nos acomodar. Temos que melhorar continuamente e fazer com que a carga opte por Itajaí e, em conseqüência disso, os armadores sejam atraídos para nosso Complexo”, explica o diretor.

O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, vê na formação de um arranjo produtivo que atinja toda a cadeia [direta e indireta] uma boa alternativa para agregar qualidade aos serviços. “Precisamos mostrar para o mercado que somos bons e que podemos nos tornar ainda melhores”, afirma. Ele destaca a importância do engajamento das empresas prestadoras de serviço no projeto e diz que não adianta apenas o Porto e o Sebrae querem, e as empresas que formam o setor produtivo, ficarem de fora”, acrescenta. O projeto vai receber investimentos do Porto e do Sebrae, com co-participação da iniciativa privada. | João Henrique Baggio