Queda na inadimplência do consumidor entre janeiro e abril é a maior em dez anos, revela Serasa Experian

Declínio de 5,2% é decorrente do forte crescimento econômico.

São Paulo – O indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrou queda quadrimestral de 5,2% em relação ao mesmo período de 2009, o maior declínio para os primeiros quatro meses do ano desde o início do indicador, em 2000. O índice também revelou quedas de 1% na comparação mensal, entre abril e março de 2010, e de 0,6% na variação anual, entre abril de 2010 e abril de 2009.

Os menores níveis de inadimplência decorrem dos impactos conjunturais do forte crescimento econômico sobre a evolução do emprego e da renda, da normalização da oferta de crédito ao consumidor e do maior estímulo à renegociação de dívidas. Para os próximos meses, a elevação da taxa Selic, determinando o crédito mais caro já em maio, e a perspectiva de novas correções da taxa básica de juros, juntamente com o maior endividamento do consumidor, devem criar pressões sobre a inadimplência no segundo semestre.

Decomposição do indicador - Na decomposição do indicador, fazendo a comparação mensal entre abril e março de 2010, verifica-se que os cheques e os protestos foram os responsáveis pela maior parte da queda na inadimplência mensal:

Valor médio nas dívidas com cheques sobe 42,9%- Na comparação entre os primeiros quatro meses de 2010 ante 2009, o valor médio das dívidas com cheques subiu 42,9%, de R$ 844,69 para R$ 1.206,89, a maior alta entre as quatro modalidades de inadimplência analisadas. A segunda maior elevação foi registrada entre os títulos protestados, que subiram 11,9% na comparação quadrienal, de R$ 1.042,81 para R$ 1.161,20.

O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras subiu 2,8%, na mesma comparação, de R$ 374,91 para R$ 385,51. E as dívidas com bancos também sofreram alta, de 1,9%, subindo de R$ 1.333,15 para R$ 1.359,11.

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