“É preciso conviver antes de convergir”, concluem participantes do 51º Painel Telebrasil - Brasil Digital

Costa do Sauípe – “O setor de Telecomunicações começa a tomar um novo rumo após os debates do 51º. Painel Telebrasil - Brasil Digital”, afirmou Ronaldo Iabrudi, presidente da Telebrasil, no encerramento do evento. Além de gerar a perspectiva do Estado da Bahia de iniciar um projeto-piloto de inclusão social com o uso das TICs (tecnologia da informação e comunicação), o evento foi palco também, em seus três dias de duração, do anúncio da meta do governo federal de levar banda larga a todas as escolas públicas do país até o final do ano.

Segundo Iabrudi, o papel da Telebrasil foi cumprido nestes debates: o de apresentar os problemas do setor, as possibilidades de solução e a busca de parcerias. Na visão do executivo, o painel permitiu a discussão calorosa de temas urgentes para o setor, como regulamentação, disputa entre radiodifusão e telecomunicações para a oferta de novos serviços e banda larga, licenças para as próximas gerações da telefonia móvel e a definição de um novo marco regulatório para o setor.

José Leite Pereira Filho, conselheiro da Anatel, anunciou que os leilões para a licitação das faixas de frequência WiMax (3,5 e 10,5 Ghz) e de 3G estão na agenda do órgão regulador para 2007. Em relação à tecnologia 3G, Leite explicou que o edital já está pronto, mas lembrou que os investimentos das empresas para a compra dessas licenças são altos. A Anatel vai propor formas de redução de custos, estipulando às operadoras um valor mínimo de 5%, interligado ao cumprimento de metas e ao atendimento de municípios com menos de 30 mil habitantes, com a união de empresas para a integração de uma rede única.

A experiência internacional foi apresentada pelo dr. Nagy K. Hanna, diretor da International Center of e-Leadership e Senior Research Fellow, da Universidade de Maryland. Dr. Hanna trouxe para os debates experiências vividas em países como Finlândia, Canadá, México, Estados Unidos, Tailândia, Coréia, Índia. Os países que acertaram a dose no uso da tecnologia para a inclusão digital x social, dispõem de uma regulamentação efetiva em telecomunicações, dão ênfase à educação e à inovação, mantêm um setor de tecnológica da informação dinâmico e investem no estabelecimento de um ambiente amigável para a geração de negócios, com qualidade e governança e nas parcerias público-privadas.

Para o coronel Oswaldo Oliva Neto, chefe do Núcleo do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, explicou a atuação do NAE – Núcleo de Assuntos Estratégicos do Governo – e o projeto Brasil 3 Tempos. Trata-se de um projeto científico, de longo prazo, que visa discutir visões de futuro nas áreas de educação, telecomunicações e política. Uma das metas é ter o conhecimento como a principal ferramenta para que o Brasil seja uma nação totalmente desenvolvida em 2022, quando se celebrará o bicentenário da independência do pais.