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18/05/2010 - 09:58

Olho seco ganha novo método para diagnóstico

Oftalmologistas brasileiros ganham prêmio de primeiro lugar em congresso nos EUA. Síndrome atinge mais de 40% da população mundial.

Uma descoberta de oftalmologistas brasileiros acaba de ser premiada nos Estados Unidos. A equipe do Instituto de Olhos Renato Ambrósio percebeu que um corante usado há décadas para cirurgias oculares é eficiente no diagnóstico de olho seco. Trata-se do azul de tripano. Ele tem mais sensibilidade do que os demais para detectar as células da superfície em sofrimento, já tem comprovação para uso intra-ocular, é mais acessível aos oftalmologistas em todo o mundo, e é barato.

“Vale destacar que esse corante não arde como outros - tipo o rosa bengala. O azul de tripano é muito bem tolerado pelos pacientes, pois quem já sofre com a síndrome do olho seco geralmente sente cansaço visual, sensação de areia e ardor, por exemplo”, explica o oftalmologista Renato Ambrósio Jr., do Rio de Janeiro, que tem doutorado pela USP. Ele e sua equipe receberam o primeiro lugar no festival de vídeos do recente congresso da Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa (ASCRS, na sigla em inglês). O festival de vídeos é um dos momentos mais destacados do congresso da ASCRS e conta com mais de 200 vídeos de diversos países de todas as regiões do mundo. Os brasileiros têm geralmente grande destaque neste festival, sendo que este ano, em Boston, Ambrósio Jr foi o único brasileiro premiado.

O olho seco atinge mais de 40% da população mundial, de acordo com novas estimativas norteamericanas. “Como alguns pacientes relatam lacrimejamento, o diagnóstico da síndrome é um desafio. O problema é com a qualidade da lágrima que não lubrifica a superfície ocular corretamente, tanto por produção insuficiente quanto pela evaporação em excesso”, explica Ambrósio Jr. O especialista conta que observou que o corante azul de tripano poderia ser usado para esse tipo de diagnóstico durante cirurgias de catarata - quando o corante é usado para facilitar a visualização de estruturas, aumentando a segurança da cirurgia. O vídeo produzido por Renato Ambrósio Jr e colegas que fazem parte de seu grupo de estudos no Instituto Renato Ambrósio, mostrou a eficiência do azul de tripano como uma nova alternativa para diagnóstico de doenças da superfície ocular. “Acreditamos que diversos outros estudos virão para comprovar esta eficiência e para demonstrar o papel deste produto no diagnóstico da disfunção lacrimal ou olho seco. Esta é um contribuição importante da Oftalmologia Brasileira que será muito reconhecida em todo o mundo”, avalia Ambrósio Jr.

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