Centro de Simulação no Rio ajuda a reduzir danos do derramamento de óleo

Derramamentos de óleo, como o causado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, da Transocean, no Golfo do México, no último dia 20 de abril, podem ser significativamente minorados com a efetiva adoção de programas de simulação e prevenção de acidentes marítimos.

A opinião é de especialistas do Centro de Simulação Aquaviária (CSA) do Sindmar, o Sindicato nacional que representa os profissionais da marinha mercante. Eles consideram que tais programas, se devidamente acionados, têm elevado grau de eficácia.

No trabalho específico de análise de risco ambiental, o CSA tem treinado equipes e certificado terminais com base no software Transas. No ano passado, utilizando esse programa, o CSA fez 40 simulações para a Vale, no terminal que a empresa opera em Itaqui, no Maranhão. As simulações consideram variáveis climáticas como correntes marinhas, vento e topografia para definir os desdobramentos de possíveis acidentes - prevendo a direção da mancha de óleo, por exemplo - e dessa forma reduzir seus danos ao meio ambiente.

A questão ganha relevância para o Brasil tendo em vista o país ser um dos líderes em prospecção de petróleo em alto mar, onde está a maior parte das reservas nacionais. A mesma Transocean opera na exploração de petróleo a serviço da Petrobrás, nas Bacias de Santos e de Campos, com plataformas similares a Deepwater Horizon.

Implantado em 2006, com recursos de R$ 9 milhões, o CSA é considerado um dos mais modernos do mundo. Sua função, além de certificar procedimentos de segurança em portos e instalações portuárias, é qualificar tripulações de todo tipo de embarcação, inclusive plataformas. Presta serviço para empresas brasileiras e estrangeiras. Entre os trabalhos realizados no ano passado está a certificação da expansão do Terminal de Contêineres da Margem Direita (Tecondi) do Porto de Santos.