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18/05/2010 - 11:44

Mostra realizada pelo CCBB recupera obras fundamentais da linguagem documental no Brasil

Um total de 38 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens com a essência do documentário brasileiro.Programação exibirá obras raras, como Tarumã, de Mario Kuperman, e Liberdade de Imprensa, de João Batista de Andrade, e terão debates abertos ao público reunirão documentaristas e estudiosos.

Em 1985, o consagrado crítico, professor e cineasta franco-brasileiro Jean-Claude Bernardet escreveu um livro que, imediatamente, virou referencial para todos os que estudam, fazem e amam o cinema brasileiro. CINEASTAS E IMAGENS DO POVO apresenta um painel bastante amplo e aprofundado da linguagem do cinema documentário no País, desde a década de 60 (com títulos que muitas vezes nunca chegaram a ser exibidos em salas de cinema) e até os primeiros anos da década de 1980. Foi com base neste trabalho de Bernardet (que se transformou numa espécie de Bíblia para todos os que decidem conhecer o universo documental brasileiro) que o documentarista e pesquisador Simplício Neto concebeu a mostra de cinema que leva o mesmo título do livro, CINEASTAS E IMAGENS DO POVO, e que poderá ser vista de 8 a 27 de junho, no Cinema do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. A abertura será com duas produções que percorrem a paixão do brasileiro por futebol: Subterrâneos do Futebol, de Maurice Capovilla, e Passe Livre, de Oswaldo Caldeira.

Esta é a primeira vez que se reúnem os títulos citados e analisados por Jean-Claude Bernardet. Segundo o curador, Simplício Neto, a iniciativa quis propiciar um encontro entre espectador e obras referenciais, que são citadas por estudiosos, mas permanecem inacessíveis a grande parte da população. Vários dentre os títulos precisaram passar por um cuidadoso trabalho de restauração antes de chegar às telas. “Muitos só foram exibidos em cineclubes ou dentro de apartamentos na época da ditadura, tornando esse acervo praticamente inédito em salas de exibição”, analisa o curador. Segundo ele, a realização da mostra é também uma homenagem “ao francês mais brasileiro que conhecemos e a sua obra e dedicação ao cinema, como jornalista, professor, escritor, roteirista e ator, que em 2009 completou 73 anos”.

Nesses documentários, além da apresentação do desenvolvimento da linguagem, pode-se perceber a evolução do nível de debate sobre as grandes questões sociais e políticas nacionais. Além das exibições, serão realizados dois debates, com cineastas cuja obra está contemplada na mostra. No primeiro, marcado para sábado, dia 19 de junho, o curador recebe o documentarista Vladimir Carvalho, que participa da programação com os filmes A pedra da riqueza: ou a peleja do sertanejo para desencantar a pedra que foi parar na lua com a nave dos astronautas e Brasília segundo Feldman. Vladimir também é co-autor do roteiro e atua como assistente de direção de Aruanda, o filme de Linduarte Noronha que é um marco da linguagem do documentário no Brasil. O segundo debate, no dia 26 de junho, trará a Brasília o realizador Aloysio Raulino, que assina três títulos da mostra: Tarumã, Jardim Nova Bahia e O porto de Santos. Os debates têm entrada franca e começam sempre às 20h30.

Evento de 8 a 27 de junho de 2010, das 18h30 e 20h30 – sábados e domingos, também às 16h30, no Cinema do Centro Cultural do Banco do Brasil, Brasília (DF). Ingressos: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). Informações: (61) 3310-7087].

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