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19/05/2010 - 08:41

Fibria estreia no novo mercado e encerra o 1T10 com Ebitda em R$ 637 milhões, 69% ante 2009

Produção de celulose alcança 1,3 milhão de toneladas, 27% a mais que o mesmo período de 2009. Gestão do endividamento e aumento do preço da celulose proporcionam a redução de 7,8 para 5,6 vezes na relação dívida líquida / Ebitda comparado ao mesmo exercício do ano anterior.

No próximo dia 20 de maio (quinta-feira), a Fibria ingressará no Novo Mercado, nível mais elevado de Governança Corporativa da BM&FBovespa. Entre as dez empresas com maior peso índice no Ibovespa, a Fibria está entre as duas únicas neste segmento de listagem. Paralelamente, o cenário positivo também é percebido no Ebitda do primeiro trimestre de 2010 que alcançou R$ 637 milhões, um aumento de 69% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem de EBITDA saiu de 26% para 38%, 12 pontos percentuais a mais. A redução do custo por produto vendido (CPV), o crescimento do volume de vendas e o aumento de preços da celulose foram responsáveis pelo resultado. A dívida líquida caiu 31% em relação ao primeiro trimestre de 2009.

A produção de celulose foi de 1,3 milhão de toneladas no primeiro trimestre de 2010, 27% maior que o mesmo período de 2009. A operação da fábrica de Três Lagoas (MS) e a produção recorde em março da Unidade Aracruz (ES) foram as principais responsáveis por esse crescimento, minimizando os efeitos da venda da Unidade Guaíba (RS) - realizada em dezembro de 2009. As vendas de celulose da Fibria foram de 1,3 milhão de toneladas, 14% a mais do que no mesmo trimestre do ano anterior, com destaque à forte demanda por celulose dos mercados europeu e da América Latina.

Os estoques da Fibria permaneceram baixos, fechando no primeiro trimestre de 2010 em 35 dias de produção - 11 dias a menos em comparação ao mesmo período de 2009. Os aumentos de preços anunciados em janeiro, fevereiro e março deste ano elevaram em 10% o preço médio líquido de celulose em dólares. A desvalorização do real de 2% contribuiu para que o preço médio líquido em reais aumentasse 14% em relação ao quarto trimestre de 2009. Quando comparado ao primeiro trimestre de 2009, o aumento em reais foi de 11%. A receita operacional líquida da Fibria totalizou R$ 1,675 bilhão no primeiro trimestre de 2010, 17% acima do trimestre anterior.

Mercado - O cenário do primeiro trimestre de 2010 sinalizou para a continuidade da recuperação da economia global, com a retomada gradual em regiões como os Estados Unidos, a Europa e o Japão. Países emergentes, como o Brasil, já vinham mostrando sinais consistentes de expansão econômica. Os três primeiros meses do ano evidenciaram esse aquecimento, com crescimento na demanda de 7% nos embarques mundiais de celulose, comparado ao primeiro trimestre de 2009. Outro fator preponderante foi o terremoto ocorrido no Chile no fim do último mês de fevereiro, o que agravou a restrição de oferta. Como resultado de todo esse cenário, o preço da tonelada da celulose aumentou US$ 90 no primeiro trimestre de 2010.

Dívida - A Fibria vem implantando continuamente sua estratégia de redução do saldo e custo do endividamento. Em março de 2010, a dívida bruta ficou em R$ 13.540 bilhões, uma diminuição de 8% em relação ao trimestre anterior. A dívida líquida está em R$ 10.856 bilhões: redução de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior e aumento de 2% em relação ao quarto trimestre de 2009, devido aos efeitos da apropriação de juros e da desvalorização do real, parcialmente compensados pela geração operacional de caixa.

A empresa também realizou uma nova emissão de Bond (Fibria II) no valor de US$ 750 milhões, com prazo de 10 anos. O objetivo dessa emissão é a liquidação da dívida remanescente dos derivativos e o refinanciamento de outras dívidas visando à melhoria do perfil do endividamento, que irá retirar as amarras de garantias e preparar a empresa para o crescimento.

Sinergias - A captura das sinergias é uma meta incorporada ao cotidiano de todas as áreas da Fibria. Em 2009 foram iniciadas 120 ações das quais cerca de 65% já estão gerando ganhos para a empresa. Destacam-se as iniciativas relacionadas às negociações com fornecedores de insumos para os processos industrial e florestal, que geraram redução de preços, economia de escala e otimização na cadeia de fornecimento. Outra fonte de captura de sinergias foram as ações adotadas para a otimização dos processos administrativos. Com isso, os ganhos com as sinergias no ano de 2009 geraram um valor presente líquido próximo a R$ 500 milhões. No primeiro trimestre de 2010 foram implementadas mais 155 ações, ou 85% do plano para captura de sinergias previstas para o ano de 2010.

Adesão ao Novo Mercado - No próximo dia 20 de maio a Fibria passará a ser listada no Novo Mercado, nível mais elevado de Governança Corporativa da BM&FBovespa. Entre os compromissos voluntários assumidos com o mercado de capitais, destaca-se a condição de emissor apenas de ações ordinárias, garantindo que cada ação tenha direito a um voto. Esse compromisso coloca a Fibria em uma posição distinta não apenas no setor de Papel e Celulose, mas também entre as empresas com maior peso no índice Ibovespa.

Papel - No segmento de papéis, a produção do primeiro trimestre de 2010 ficou em 77 mil toneladas, queda de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior devida principalmente a não participação da Unidade Guaíba. Como consequência, as vendas de 83 mil toneladas no trimestre foram 12% inferiores às do primeiro trimestre de 2009. Os papéis especiais tiveram crescimento de 36% em comparação com o primeiro trimestre de 2009 e chegaram a 50% da receita. Esse movimento reflete a estratégia da Fibria de concentrar a participação do "negócio papel" em segmentos de maior valor agregado.

Receita e Ebitda - A receita operacional líquida da Fibria totalizou R$ 1.675 milhões no primeiro trimestre de 2010, 1% inferior ao exercício anterior e 17% maior à do primeiro trimestre de 2009. A receita líquida de celulose totalizou R$ 1.435 milhões no primeiro trimestre de 2010, comparada a R$ 1.395 milhões no trimestre anterior. Apesar da queda de 9% no volume de vendas, a receita líquida aumentou 3% em função da elevação do preço médio líquido e desvalorização do real de 4% em relação ao primeiro trimestre de 2009, a receita líquida de celulose foi 26% superior, graças ao aumento do volume vendido (14%) e do aumento do preço médio líquido em reais (11%).

O Ebitda ajustado do primeiro trimestre de 2010 foi de R$ 637 milhões, margem de 38%, comparado a R$ 503 milhões (margem de 30%) no quarto trimestre de 2009. O principal efeito que contribuiu para esse aumento foi o maior preço médio líquido (R$ 119 milhões) aliado ao menor custo do produto vendido (R$ 162 milhões), ainda que o volume de vendas tenha sido menor (R$ 191 milhões).

O resultado financeiro líquido do trimestre ficou negativo em R$ 341 milhões, comparado ao resultado negativo de R$ 157 milhões do quarto trimestre de 2009, devido principalmente à desvalorização do real sobre a parcela do endividamento em moeda estrangeira (62%), que gerou um resultado negativo de R$ 203 milhões. Consequentemente, o primeiro trimestre de 2010 apresentou um lucro líquido de R$ 9 milhões. | MaxPR

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