Os 11 maiores volantes do futebol brasileiro

O que é volante? É nome novo, que veio substituir o pejorativo cabeça de área, tão perto foneticamente do cabeça de bagre. Mas a semelhança para por aí, pois nesse livro, escrito pelo editor do Esporte Espetacular, só tem craques.

Para selecionar Os 11 maiores volantes do futebol brasileiro, a Editora Contexto convocou o jornalista Sidney Garambone, que festejou a escolha dizendo: “A sorte e o destino sorriram para mim. Coube-me o volante. O mais indispensável dos 11 jogadores. Pois há um punhado de décadas, quando não havia nem homem na Lua nem internet, o volante era o astro do time”. A comemoração é por conta das outras cinco opções da coleção “Os 11 maiores” (técnicos, camisas 10, laterais, goleiros e centroavantes). O jogador dessa posição é responsável pela primeira marcação aos atacantes adversários e também pela cobertura dos alas, que cada dia vão para o campo inimigo mais cedo e por mais tempo, o volante costuma ser acusado de falta de talento e criatividade. Mas será verdade?

Faltava criatividade e talento no Falcão (o Pelé dos volantes) ou na elegância de Dino Sani? Ou em jogadores de diferentes épocas e estilos, como Danilo Alvim, Clodoaldo e Dudu? A seleção feita por Garambone traz também nomes como Piazza, Andrade, Zito, Toninho Cerezo, Dunga. Contou só 10? É que o 11º é uma homenagem geral aos “brucutus”. Afinal, um dos objetivos do livro é traçar um painel técnico e tático de uma posição tão fundamental para qualquer time. Pois o volante é o pilar, o pino que faz o pião girar, a base da equipe. E para reforçar a qualidade desses atletas, cada perfil vem acompanhado de uma entrevista com grandes personalidades do esporte. Sobre os volantes falaram: Zagallo, Pepe, Zito, Leão, Raul Plassmann, Zico, Rivellino, Júnior, Taffarel, Paulo César Carpegiani e Zé do Carmo.

As páginas do Os 11 maiores volantes do futebol brasileiro se encarregaram de mostrar quem são os grandes volantes do nosso futebol. E por que eles merecem ser citados com todo o respeito, admiração e gratidão. O saldo é um mergulho delicioso nas histórias eternas do melhor futebol do mundo, através de seus protagonistas.

Sidney Garambone formou-se em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde aprendeu as técnicas da profissão mas formou-se frustrado por não conseguir vencer nenhuma partida contra a Faculdade Hélio Alonso. Foram três empates. Mestre em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), trabalhou na mídia impressa nos jornais Tribuna da Imprensa, Jornal do Brasil, O Dia, O Globo e na revista IstoÉ. No jornal O Globo, protagonizou um feito heroico: jogando pelo time do Segundo Caderno, conseguiu uma vitória inédita na história sobre os craques da editoria de Esporte. Nunca houve revanche. Está na TV Globo desde 1999, na qual foi chefe de reportagem, editor-chefe do telejornal Globo Esporte e, desde 2007, comanda o Esporte Espetacular. Já foi a duas Copas do Mundo como jornalista – França 1998 e Alemanha 2006 –, e a uma como torcedor mochileiro, Itália 1990. Cobriu também a Olimpíada de Pequim, em 2008. Atua ainda como comentarista do canal SporTV. Seu maior prêmio foi uma medalha como melhor lateral-esquerdo de um torneio de várzea, jogando pelo saudoso Delta Futebol Clube. Nunca mais esqueceu tal honraria. [Formato: 16x23cm; 256 páginas; Preço: R$ 35,00].