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19/05/2010 - 09:30

Atacado distribuidor supera expectativas e fatura R$ 11 bilhões a mais em 2009

Otimista, segmento projeta crescimento de pelo menos 6% em 2010 .

São Paulo - O Ranking ABAD/Nielsen, divulgado nesta segunda-feira pela ABAD (Associação Brasileira de Atacadista e Distribuidores), reúne 391 das maiores empresas atacadistas distribuidoras do país e aponta os resultados do segmento em 2009, com destaque para um crescimento real de 4,1% e um faturamento R$ 11 bilhões maior do que o de 2008, atingindo um total de R$ 131,8 bilhões. O montante equivale a cerca de 5% do PIB (produto interno bruto) brasileiro.

Para 2010, a expectativa da entidade é um crescimento de pelo menos 6%. A pesquisa registrou também o otimismo dos empresários, que projetam aumento nos investimentos, no faturamento, na rentabilidade e no volume de vendas.

O segmento atacadista distribuidor apresentou, no ano passado, um crescimento nominal de 9,2%, mesmo tendo sido 2009 um ano marcado pela crise. A participação do atacado nas vendas tem permanecido estável e significativo, acima dos 50%, nos últimos cinco anos. Em 2009, correspondeu a 52,2% de tudo que foi distribuído no mercado mercearil do país.

Os dados da pesquisa, colhidos pela ABAD, foram analisados e comentados por João Carlos Lazzarini, diretor de Atendimento ao Varejo da Nielsen, e por Nelson Barrizzelli, professor da FEA (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) especializado em finanças, marketing e varejo.

Os números superaram as expectativas da entidade, que havia projetado para 2009 crescimento em torno de 3%. Um dos fatores que contribuíram para esse bom resultado foi certamente o aumento do poder de compra da classe C, que também representa hoje a maior fatia da renda nacional e é composta por 91 milhões de brasileiros, segundo o IBGE.

"Mas é inegável que o crescimento decorre também da atuação proativa das empresas do segmento, que mesmo durante a crise confiaram na solidez do mercado de consumo nacional e não interromperam os investimentos, seja em renovação da frota, tecnologia ou no aperfeiçoamento de suas relações com o varejo independente, seu principal cliente", avalia Carlos Eduardo Severini, presidente da ABAD.

O atacado distribuidor vem atuando, cada vez mais, como parceiro e consultor do varejista, e a força de vendas do segmento está sendo treinada para ajudar o pequeno comerciante a encontrar o mix de produtos ideal, a desenhar o melhor layout de loja e aperfeiçoar a prestação de serviços ao cliente final.

"A ABAD entende que o foco da atuação do atacado distribuidor é a prestação de serviço ao varejo independente, composto principalmente por mercados pequenos (de um a quatro checkouts) e médios (cinco a dez checkouts) e lojas de conveniência. Por isso, desenvolve, em parceria com outras entidades, programas como o Varejo Competitivo, que tem como objetivo capacitar o varejista independente em aspectos operacionais e de gestão, e o TreinABAD, desenhado para formar um novo perfil de profissional de vendas", explica Severini.

O resultado desse trabalho aparece nesta edição do Ranking, que mostra a grande porcentagem de empresas engajadas na capacitação da cadeia de abastecimento. "Capacitar a força de vendas, transformando-os em consultores de negócios" foi um item classificado como "muito importante" por 90% dos participantes; "apoiar o cliente varejista" recebeu a mesma classificação por 83,6% dos respondentes; já "tirar foco do preço e valorizar a prestação de serviços ao varejo" teve a mesma avaliação por parte de 83,1% dos empresários pesquisados.

Perfil- O Ranking ABAD/Nielsen é realizado anualmente desde 1995, com o objetivo de fornecer uma radiografia do segmento atacadista distribuidor, a partir de respostas elaboradas pelas próprias empresas. Ele é resultado de uma parceria da entidade com a consultoria Nielsen e a FIA (Fundação Instituto de Administração). Os dados obtidos permitem visualizar a evolução do segmento e dos negócios realizados pelas empresas no período.

O segmento atacadista distribuidor movimenta cerca de 5% do PIB nacional e é responsável pelo abastecimento de mais de um milhão de pontos de venda em todo o país, o que corresponde a mais da metade do mercado de consumo mercearil brasileiro.

Segundo a Nielsen, 95% dos supermercados pequenos (de um a quatro checkouts) e 40% dos supermercados médios (de cinco a 19 checkouts) são abastecidos por empresas atacadistas distribuidoras. E o pequeno e o médio varejo são os que mais atendem os consumidores das classes C, D e E, que vêm apresentando grande crescimento no poder de compra e está mudando o perfil do consumo no país.

Perfil- A ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas Distribuidores), criada em 1981, representa mais de três mil empresas de todo o Brasil que comercializam produtos alimentícios industrializados, candies, bebidas, produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica, produtos farmacêuticos e de perfumaria, papelaria e material de construção, entre outros, e movimentam cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.

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