Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

20/05/2010 - 09:30

Consumidor brasileiro busca alimentos práticos e rápidos, aponta pesquisa da Fiesp

Estudo Fiesp/Ibope mostra que na hora da compra a preferência é por marcas conhecidas. Contudo, brasileiros respeitam mais empresas que investem em qualidade e projetos sociais.

O Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp elaborou uma pesquisa, junto com o Ibope, que revela o perfil do consumo brasileiro de alimentos e bebidas. O objetivo é avaliar as características do consumidor e se ele está alinhado às tendências mundiais do setor. Os resultados indicam que sim.

Mas não é por isso que o País deixa de ter seu próprio jeitinho: o arroz e o feijão ainda são a prioridade nacional, pois na hora da escolha os brasileiros ainda optam por marcas mais conhecidas. Café e leite vão no mesmo sentido e são alvos certos dos consumidores. Outro dado curioso é o destacado interesse pelo lançamento de iogurtes; bolachas e biscoitos e sucos prontos, que têm chamado a atenção da população.

Apresentado durante o Brasil Food Trends 2020, nesta terça-feira (18), na sede da Fiesp, o levantamento é o primeiro a disponibilizar gratuitamente informações estratégicas de mercado e de comportamento às 22 mil empresas do setor de alimentos e bebidas. A expectativa é que a competitividade das micro e pequenas indústrias, principalmente, seja a mais beneficiada.

Próximas tendências- O estudo mostrou que a maior parte das pessoas, 34% do total de entrevistados, prioriza a conveniência e a praticidade dos alimentos, em resposta às necessidades do cotidiano apressado e ao pouco tempo que dispõem. Corresponde ao público que trabalha em tempo integral e, por isso, adere a pratos congelados e semiprontos.

Outra tendência dos consumidores está na confiança e qualidade que veem nos alimentos. O estudo indica que 23% da população é composta por consumidores fiéis às suas escolhas por marcas, produtos ou empresas. Preferem marcas que conhecem e confiam, mesmo que tenham que pagar mais caro por elas. Comportamento mais presente na classe C, principalmente entre donas de casa com crianças menores de 12 anos.

Entre os que acham mais importante que a comida seja “gostosa e atraente” também se encontram 23% dos entrevistados – ou seja, os que priorizam a sensorialidade e o prazer nos alimentos. Eles têm um estilo mais impulsivo para comer e seu lema é “prazer sem culpa”.

Diferentemente da disposição geral do resto do mundo, dois grupos se unem para dar a cara do Brasil ao consumo de alimentos. Segundo constatou a pesquisa, saúde e bem-estar e sustentabilidade e ética convergem no momento de escolha por produtos alimentícios. Assim, a mesma qualidade que o brasileiro espera dos produtos, quer ver na responsabilidade que eles possuem com a sociedade e com causas ambientais.

A pesquisa foi feita em nove capitais brasileiras e se baseou em 1.512 entrevistas, com pessoas acima de 16 anos. Foram elaboradas 30 perguntas para medir a preferência dos consumidores, que levaram em consideração os grupos de tendência citados.

Na hora da compra... Além de mapear estas tendências, os dados também demonstram o que é mais importante para os consumidores na hora de comprar um produto. Conhecer e confiar na marca foi o aspecto mais destacado, com 59% de preferência da população. Mesmo quando questionados sobre os critérios que usarão futuramente para escolher os produtos, a confiança continua sendo o maior diferencial, apesar da queda para 42%.

Arroz e feijão são os produtos em que o conhecimento da marca mais pesa para a decisão – 44% e 36% respectivamente. Isto ocorre porque são os alimentos básicos do dia a dia dos brasileiros e com eles preferem não correr riscos.

Gosto e sabor influenciam, atualmente, a compra de 47% dos entrevistados; futuramente esta porcentagem cai para 31%. Alimentos nutritivos e enriquecidos com vitaminas são os terceiros da lista e praticamente não variam entre as expectativas de consumo atual e futura: hoje 32% das pessoas dão prioridade a eles e no futuro, 33%. A qualidade dos alimentos é determinante para 29% da população, atualmente, e sobe para 35% futuramente.

Por fim, o quesito preço foi o menos significativo na hora da opção por produtos e, pelo que a pesquisa indica, tende a perder ainda mais importância. Se hoje é decisivo para 28% das pessoas, no futuro será para 23% delas. Isto reflete o bom momento econômico do País e a inclusão de milhares de famílias no nível de consumo.

O material também trouxe a relação dos produtos que mais despertam o desejo do consumidor quando lançados no mercado. Os iogurtes lideram, com 32%; bolachas e biscoitos estão em segundo lugar (28%); logo atrás vêm os sucos pronto para beber, 27%. Por fim aparecem chocolates e bombons (25%), queijos (24%) e alimentos congelados ou semiprontos (21%).

Legitimidade Social - O último, mas não menos importante, dado assinalado pelo documento diz respeito às posturas que as empresas de alimento assumem e que despertam o respeito e admiração dos consumidores.

A qualidade é o fator que mais agrega respeito aos produtos: 21% dos consumidores sustentam essa ideia. Muito próximo a este número encontra-se o investimento em projetos sociais, que garante o respeito de 19% dos entrevistados a empresas que aderem à prática. Este comportamento vai ao encontro da tese de que saúde e ética são valores cada vez mais indispensáveis aos produtos brasileiros, na visão da sociedade.

Ou seja, o consumidor está preocupado com o bem-estar de sua família, mas também se importa com os ambientes social e ambiental onde está inserido. Dessa forma, marcas ligadas estas bandeiras tendem a se destacar.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira