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20/05/2010 - 09:35

Indústria de SC planeja investimentos de R$ 2,6 bi no triênio 2010-2012

A publicação Desempenho e Perspectivas mostra que R$ 1,4 bi devem ser investidos ainda em 2010.

Florianópolis - As indústrias catarinenses planejam investir R$ 2,6 bilhões no período 2010-2012, sendo a maior parte (R$ 1,4 bilhão) ainda neste ano. No triênio, R$ 2,26 bilhões (88%) devem ser aplicados nas fábricas localizadas em Santa Catarina e o restante nas unidades localizada em outros estados ou no exterior. Os setores de metalurgia básica (R$ 732 milhões), celulose e papel (R$ 400 milhões) e alimentos e bebidas (R$ 273 milhões) lideram as intenções de investimento no triênio. Os dados são da publicação Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense 2010, lançada pela FIESC nesta quarta-feira, dia 19, com o apoio do Banco de Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Os valores investidos pela indústria do estado em 2009 somaram R$ 1,2 bilhão, com queda de 43% em relação aos R$ 2,1 bilhões de 2008. Na avaliação do presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, a redução expressiva dos investimentos reflete a crise econômica mundial e a incerteza das indústrias quanto aos reflexos da recessão sobre o crédito e a demanda. "Apesar da melhoria do cenário em 2010, a recuperação do nível de investimentos não é tão vertiginosa, se comparada com o desempenho de 2008. Mas, temos que lembrar que aquele foi um ano atípico, com valores acima da média dos últimos anos", diz. "O total de investimentos de 2010 está em linha com os valores históricos", completa.

O montante previsto até 2012 na pesquisa confirma dados das empresas do estado, mas não contempla os investimentos anunciados por indústrias de outras unidades da federação em Santa Catarina, como os do Grupo EBX, da companhia alemã de autopeças ZF e do Grupo Global (termoelétrica). "Ou seja, os valores são ainda mais expressivos, o que é muito importante, já que é o investimento na produção que gera postos de trabalho e desenvolvimento", afirma.

O estudo, realizado com 135 empresas de médio e grande portes, mostra que as estimativas atuais de investimentos para 2011 são de R$ 611,9 milhões e para 2012 são de R$ 559,8 milhões. Segundo o levantamento, o percentual de empresas que já definiram os investimentos para o próximo ano é de 51%. Em relação a 2012, 47,5% das indústrias afirmaram que têm investimentos previstos.

Os investimentos previstos para o triênio têm como finalidades a aquisição de máquinas e equipamentos, atualização tecnológica e desenvolvimento de produtos. Também serão investidos em aumento da capacidade produtiva, ampliação das instalações e lançamento de produtos.

Em 2009, apesar da crise, 77% da empresas realizaram investimentos. As atividades industriais que puxaram os investimentos em 2009 foram metalurgia básica (28%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18%), e alimentos e bebidas (18%).

Outro dado importante da pesquisa é que hoje 64,6% das empresas já estão trabalhando com a mesma capacidade produtiva dos níveis pré-crise. Para 86,4% dos empresários, a capacidade instalada atual atende às demandas previstas para 2010, porém, mais de 50% das companhias pretende ampliar a capacidade de produção em 2010.

Para os industriais, há pontos preocupantes para este ano. Entre eles estão a desvalorização do câmbio, a concorrência externa, principalmente em relação à China e ao avanço da Rússia no mercado europeu, o aumento dos preços dos insumos e das matérias-primas, a infraestrutura deficiente, a elevada carga tributária e o crédito caro e escasso.

Em relação à fonte de recursos para os investimentos futuros, 41,4% do valor a ser investido será com recursos das próprias empresas, que historicamente tem sido a fonte mais usada para bancar os investimentos, enquanto 31,8% virão de bancos de fomento e 10,6% dos recursos serão captados em bancos privados nacionais. "A preponderância de recursos próprios nos investimentos é um dado negativo, pois deveria haver maior estímulo ao investimento, com crédito mais barato e acessível. Contudo, em 2008, a situação era pior, pois 58% dos recursos investidos eram do próprio caixa das empresas. Agora, nos preocupa o aumento da taxa de juros, que pode mudar esse quadro, já que o crédito deve ficar mais caro, o que pode estimular novamente o uso de recursos próprios para os investimentos", diz Corrêa.

Publicação - Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense é uma publicação da FIESC realizada desde 2000. Esta é a décima edição do estudo, que traz informações sobre os investimentos realizados pela indústria catarinense em 2009 e a previsão até 2012. A publicação estará disponível para download gratuitamente no portal Fiescnet (fiescnet.com.br), no menu publicações. [ www.fiescnet.com.br]

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