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21/05/2010 - 09:28

Serviços da Ação Global promovem a cidadania

Cerca de 1 milhão de pessoas devem participar do evento que o SESI e a Rede Globo realizarão em 22 de maio em todo o país.

Brasília - O Serviço Social da Indústria (SESI) e a Rede Globo realizarão no dia 22 de maio (sábado), a 17ª edição da Ação Global. Neste ano, o programa atenderá cerca de 1 milhão de pessoas em 31 localidades brasileiras. A Ação oferece gratuitamente diversos serviços à população, como emissão de documentos, consultas médicas, orientação sobre alimentação, cursos profissionalizantes e atividades esportivas e de lazer.

Realizada há 15 anos nos estados e no Distrito Federal, a Ação Global promove a cidadania, como mostra a pesquisa encomendada pelo SESI ao Instituto John Snow Brasil. O estudo compara o nível de cidadania das pessoas, antes e depois de serem atendidas pelo programa.

Essa situação é determinada pelo índice Escala da Cidadania Saudável (veja na tabela abaixo), que é calculado com base em 15 indicadores reconhecidos por instituições nacionais e internacionais como determinantes da cidadania. O índice varia de 65 pontos negativos a 65 pontos positivos. A pessoa com 65 pontos positivos têm acesso pleno à cidadania. Quanto mais baixo é o número de pontos, menor é o grau de cidadania.

Entre os 15 indicadores que contam pontos na Escala estão o acesso a documentos de identificação pessoal, aos serviços de saúde e a atividades de lazer e esportivas. Por exemplo, a pessoa com certidão de nascimento, carteira de identidade, carteira de trabalho e CPF tem 20 pontos na Escala de Cidadania Saudável, porque cada um desses documentos equivale a cinco pontos.

Se essa mesma pessoa não tem fonte de renda fixa e nem conta corrente em banco, a sua pontuação na escala cai de 20 para 10 pontos. Isso porque cada um desses itens também corresponde a cinco pontos.

Ao oferecer às pessoas a oportunidade de fazer documentos, consultar médicos e dentistas, receber orientações sobre alimentação e participar de cursos profissionalizantes, a Ação Global é decisiva para uma grande parcela da população ascender na escala da cidadania. Por exemplo, a pessoa que aproveita o programa para fazer a carteira de trabalho e uma consulta ao oftalmologista ganha dez pontos na escala.

“Quanto maior o índice de cidadania, maior é a capacidade da pessoa de gerar renda, porque fica mais fácil ela conseguir um emprego, depois de ter feito um curso profissionalizante, por exemplo,” diz o diretor do Instituto John Snow Brasil, Miguel Fontes, responsável pela pesquisa. “A melhoria na renda da população aumenta o consumo. Consequentemente, a indústria tem que elevar a produção para atender a demanda”, explica Miguel. Com isso, cria-se um círculo virtuoso em que o aumento da produção cria empregos e eleva a renda, impulsionando o crescimento da economia, que é indispensável para a erradicação da pobreza no país.

A Ação Global ajudou a aumentar a renda da costureira Maria Ivonete Navegantes, de 49 anos. Moradora de Vida Nova, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, ela aprendeu a fazer biscuit, flores e sacolas nas oficinas profissionalizantes oferecidas pela Ação Global no ano passado. “Para mim o curso foi muito proveitoso. Na época, eu estava desempregada pude vender as bolsas, fuxicos e os outros artesanatos. Com isso, eu ganhei um dinheiro que deu para ajudar nas minhas despesas”, conta Ivonete, que também aproveitou o evento para fazer consultas médicas.

Esse resultado positivo da Ação Global estimula, a cada ano que passa, a participação de empresas que investem na Ação Global. Em 2009, 483 indústrias e 1846 instituições como Organizações Não Governamentais (ONGs), governos estaduais e municipais e empresas privadas participaram da Ação Global. Neste ano, a expectativa é que o número aumente em 5%, informa a coordenadora nacional do programa, Terezinha Fonseca. Segundo ela, 67% dos usuários da Ação Global têm renda inferior a dois salários mínimos. “Tem gente que espera o dia do evento para cuidar da saúde, da beleza, fazer cursos e até para se casar”, diz ela.

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