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Pesquisadores da Uenf testam bactérias que podem ajudar no desenvolvimento de plantas


Pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) fazem estudos para mostrar que a solução para expandir a agricultura do estado, evitando o uso de produtos químicos, está dentro das próprias plantas. São as chamadas bactérias endofíticas, que, além de ajudar no desenvolvimento dos vegetais, ajudam no controle de doenças. Dentre os inúmeros trabalhos em andamento, o da bióloga Adriane Nunes de Souza foi recentemente contemplado pelo edital Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (DCR) da Faperj. Sua pesquisa, Caracterização Molecular da biodiversidade endofítica associada a fruteiras, agrupa e caracteriza um conjunto de 150 espécies de bactérias endofíticas, isoladas de raízes, caules e folhas de plantas de abacaxi e maracujá.

O trabalho inclui pesquisadores de dois centros da Uenf: o Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB) e o Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA). O objetivo é produzir produtos biotecnológicos que reduzam o impacto ambiental causado pelo uso de defensivos agrícolas. "Além de destruírem as pragas da lavoura, os pesticidas podem matar outras espécies do ambiente e promover desequilíbrio ecológico. Mesmo o uso dos adubos, apesar de menos tóxicos aos seres vivos, podem contaminar o lençol freático e os rios se forem empregados em grande concentração", acrescenta Gonçalo Apolinário de Souza Filho, um dos cientistas envolvidos na pesquisa.

Através de análises de DNA, o trabalho irá caracterizar e identificar as bactérias endofíticas presentes no interior das fruteiras e avaliar a proximidade genética entre as espécies encontradas e as já existentes. De acordo com Adriane Nunes de Souza, as técnicas utilizadas para isso serão a DGGE (Eletroforese em Gel com Gradiente de Desnaturação) e SSCP (Polimorfismo Conformacional em DNA Fita Simples), que permitem definir quantas espécies diferentes de microrganismos existem em uma amostra (biodiversidade).

O principal produto biotecnológico a ser produzido pela pesquisa é a identificação de espécies de bactérias capazes de favorecer o desenvolvimento das plantas. Assim, depois de isolados e caracterizados, tais microrganismos poderão ser cultivados em laboratório e ser injetados em mudas de fruteiras. "Esta coleção de bactérias benéficas pode ainda ser testada em fruteiras originadas de cultura de tecidos, na biofábrica que está sendo construída em Campos. Isso agrega valor a um produto da biotecnologia vegetal", explica Gonçalo Apolinário.

As pesquisas com microrganismos endofíticos tiveram início em 1990 no estado do Rio de Janeiro. Sob a liderança da Embrapa-Agrobiologia, esses estudos têm permitido a identificação de várias bactérias de potencial biotecnológico, em diversas espécies de plantas. Nos últimos anos, com o apoio da Faperj, outros grupos de pesquisa do estado têm se somado a este esforço. Destaque pode ser dado ao projeto RioGene, cujos trabalhos têm permitido o seqüenciamento do genoma da Bactéria endofítica de cana-de-açúcar Gluconacetobacter diazotrophicus.| Por: Faperj | Foto: Divulgação UENF

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