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21/05/2010 - 11:21

Segurança, conforto, economia de energia e proteção ambiental balizam os avanços do setor de elevadores

Saltos tecnológicos têm marcado a evolução histórica da área de elevadores, hoje responsável pelo transporte da população da Terra a cada três dias. No mundo, são aproximadamente cinco milhões de equipamentos em operação, dos quais cerca de 250 mil no Brasil.

Convêm lembrar que, até a metade dos anos 80, predominavam os modelos com painéis de controle eletromecânicos e geradores, com dimensões bem maiores das que existem na atualidade. Eles eram instalados em grandes casas de máquinas específicas para estes equipamentos.

A partir de então, surgiram os primeiros microprocessadores dedicados a prover toda lógica de funcionamento dos elevadores e, com isso, as pequenas placas eletrônicas começaram a substituir os grandes painéis, que eram compostos por vários relés.

Ainda que este avanço tenha resultado em uma diminuição sensível das falhas, foi no começo da década de 90, porém, que a evolução tecnológica trouxe grandes melhorias no consumo de energia, conforto e segurança de viagem, graças à introdução no mercado de transporte vertical dos drives VVVF (Voltagem e Freqüência variáveis). Este dispositivo assegurou aos usuários viagens muito mais confortáveis e suaves, sem trancos na partida nem na parada, e nivelamentos no piso dos andares muito mais precisos e seguros. Isto porque ele não utiliza mais os freios para parar o elevador. Também propicia uma redução do consumo de energia de até 40%, comparado aos antigos controles eletromecânicos.

Também foi neste período que apareceram os primeiros drives VVVF regenerativos. Em um primeiro momento, opcional para elevadores de grande capacidade e com velocidades acima de 2,5 m/s. O funcionamento é simples: a máquina movimenta - por meio de cabos de aço - o elevador (em uma das pontas) e o contrapeso (na outra). Este contrapeso possui, em média, o peso do elevador com 45% de sua capacidade. Tanto na subida do elevador vazio, quanto na descida do elevador cheio, a máquina movimenta o sistema praticamente sem gasto de energia elétrica, pois uma das pontas está mais pesada que a outra (o contrapeso na subida vazio ou o elevador na descida cheio). Nestas situações, o drive VVVF regenerativo aproveita toda esta energia potencial armazenada e a transforma em elétrica, retornando-a ao edifício para consumo próprio. Importante registrar que, no momento, os drives regenerativos também estão disponíveis, opcionalmente, para elevadores de menor capacidade e com velocidades baixas.

No começo do século 21, surge uma nova e revolucionária invenção: o elevador sem casa de máquinas, ou seja, as máquinas são instaladas dentro do passadiço do próprio elevador, em um espaço bem menor. Com esta invenção, desenvolveram-se - para a tração dos elevadores - as cintas de aço revestidas com poliuretano, mais seguras, mais flexíveis e com capacidade de carga superior ou igual aos convencionais cabos de aço. Esta flexibilidade acabou possibilitando o desenvolvimento de máquinas mais compactas, 70% menor em tamanho em relação às dos elevadores convencionais. Soma-se ainda o fato de que as cintas dispensam o uso de óleos lubrificantes, aspecto que contribui para evitar a degradação do meio ambiente.

Não havendo a necessidade de casa de máquinas no topo dos edifícios, arquitetos podem aproveitar melhor os espaços e construtores podem reduzir os custos de material e mão de obra (por não ter que construir uma casa de máquinas). Importante mencionar que nada menos que 70% dos elevadores vendidos na França e 60% na Espanha vêm com esta tecnologia. No Brasil, o percentual alcança a marca de 25%, com crescimento ainda de dois dígitos.

Rápida evolução - Os mais recentes avanços tecnológicos tratam de três pontos principais: otimização do tráfego, segurança de acesso e monitoramento remoto.

A otimização do tráfego de pessoas em edifícios comerciais é realizada por intermédio de um sistema que antecipa as chamadas de andar, agrupando os usuários e os elevadores por pavimentos de destino. Ou seja: direciona todos os passageiros que forem a um mesmo piso ou a andares próximos para um mesmo elevador. Para se ter uma idéia, esta tecnologia permite uma redução de até 40% no intervalo de tráfego.

Já a segurança de acesso aos andares dentro de um edifício - seja ele comercial ou residencial - hoje é pode ser feita através de senhas, cartões magnéticos ou leituras de impressão digital.

Para completar, cabe destacar ainda o monitoramento e diagnóstico remoto dos equipamentos, onde há um dispositivo que conecta o elevador 24 horas por dia e sete dias por semana à central de atendimento aos clientes de empresas fabricantes. Quando há quaisquer problemas que exijam a presença da equipe de manutenção no local, o sistema automaticamente a aciona, sem necessariamente existir um chamado técnico aberto pelo cliente.

Portanto, uma coisa é certa, o setor de elevadores continuará balizando suas inovações nos pilares da segurança, conforto e sustentabilidade.

. Por: Daniel Luz, Gerente de Marketing para Novos Equipamentos da Elevadores Otis Ltda

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