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25/05/2010 - 10:39

Ernst & Young: Brasil avança, mas América Latina lidera preocupação de gestores com relação ao risco de fraudes

Incremento das fraudes na retomada da economia é objeto de preocupação dos conselhos, que temem responsabilização pessoal.

São Paulo, 24 de maio de 2010 – A 11ª pesquisa global de fraudes desenvolvida pela Ernst & Young aponta que 76% dos entrevistados notaram que os conselhos das companhias estão cada vez mais preocupados com a possibilidade da responsabilidade pessoal em fraudes, suborno e corrupção. Mais do que isso: os executivos entrevistados acreditam que os conselhos não estão suficientemente preparados para lidar com os novos riscos no cenário de retomada da economia.

Os boards são percebidos como especialmente preocupados com o tema na América Latina (95%), Oriente Médio e África (87%), Europa central e oriental (84%) e Austrália (81%). A despeito desse cenário no continente, o Brasil se destaca positivamente na comparação com os demais países do BRIC (veja tabela abaixo). De forma geral, a percepção é de que o bloco está mais maduro na coordenação de esforços anti-fraude, com a Rússia atrás dos demais em áreas-chave, mas o grupo deixa a desejar no quesito due diligence.

Mundo – As respostas de mais de 1,4 mil CFOs e chefes de auditoria interna, área legal e de compliance em grandes empresas de 36 países ao redor do globo também mostram que a fraude parece estar aumentando significativamente em algumas regiões consolidadas – por exemplo, a Europa Ocidental, que viu o número de empresas com uma experiência relevante de fraude saltar de 10% para 21% em dois anos. Os níveis também são altos na América Latina (21%) e Oriente Médio e África (18%).

A despeito dessa preocupação, os conselhos não parecem agir para aumentar a própria proteção. De forma preocupante, só quatro em cada dez CFOs entrevistados foram acionados para revisar controles anti-fraude e de corrupção nos 12 meses anteriores à pesquisa – e apenas 28% receberam a solicitação de desenvolver um relatório sobre riscos de fraude.

“O combate a essas práticas é uma prioridade em muitos dos principais mercados, até em função da redução de recursos. Estabelecer um procedimento de relatórios regulares de riscos é uma medida prudente, que auxilia os gestores a identificar as situações mais delicadas”, afirma José Compagno, sócio de assessoria da Ernst & Young.

Passada a crise, muitas companhias estão agora buscando novas oportunidades, que podem surgir pela entrada em novos mercados ou por meio de aquisições. Esses esforços podem gerar uma exposição a muitos novos riscos – incluindo corrupção e fraude. Para minimizar isso, o due diligence antes das aquisições tem sua importância redobrada. Porém, 30% dos respondentes afirmaram que raramente ou nunca adotam tais procedimentos. Mesmo pós-aquisição, 42% dos respondentes admitem que o processo é raro.

Essa estratégia renovada de fusões e aquisições no pós-crise gera preocupação dos respondentes. Entre os gestores jurídicos, 48% demonstram preocupação com o incremento de riscos em função da pressão pelo crescimento, enquanto 45% dos responsáveis por compliance acreditam que segurança de dados vai ser um tema dos mais relevantes nos próximos 18 meses.

Responder a incidentes particulares ou questões regulatórias frequentemente exige uma revisão intensiva de informações armazenadas eletronicamente – incluindo e-mails. Metade dos gestores jurídicos afirmou que o significado dos e-mails para as investigações tem aumentado. Apesar disso, 35% deles dizem planejar cortes em gastos com armazenamento e monitoramento de e-mails.

“A retomada da economia aumenta o potencial de fraude, exposição à corrupção e interesse dos reguladores. Cada vez mais, será preciso que as companhias revejam ou desenvolvam seus procedimentos anti-fraude visando adequação para uma economia sustentável”, conclui Compagno.

Perfil- A Ernst & Young é líder global em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e assessoria em negócios. Em todo o mundo, a empresa tem 144 mil pessoas unidas por valores compartilhados e compromisso com a qualidade. No Brasil, a Ernst & Young conta com mais de 2.200 profissionais distribuídos em nove escritórios. A empresa faz a diferença ajudando colaboradores, clientes e as comunidades em que atua a atingirem todo seu potencial.[ http://www.ey.com.br | http://www.ey.com/Publication/vwLUAssets/EY_-_Pesquisa_global_de_fraudes_-_2011/$FILE/2011th_Global_Fraud_Survey.pdf ].

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