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25/05/2010 - 11:10

"Discutir energia nuclear é muito oportuno...", Altino Ventura, secretário de Energia do MME

O 3º Workshop de Energia Nuclear no Nordeste, realizado no último dia 21 ( sexta-feira), em Aracaju (SE), reuniu, de 9h30 às 18h, cerca de 150 pessoas entre secretários de Estado, deputados, professores universitários, estudantes, engenheiros, e funcionários do governo interessados em entender toda a tecnologia usada na produção da energia nuclear e a importância da implantação de uma central no Nordeste. O evento foi aberto pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Jorge Santana e contou com a presença do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, do Ministério de Minas e Energia - MME, Altino Ventura Filho, do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, Odair Gonçalves; do presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares - Abdan, Antônio Muller; e do assessor da Nuclep, Carlos Frederico Figueiredo; entre outras autoridades. Leonam dos Santos Guimarães, assistente da Presidência da Eletrobras Eletronuclear, representou o presidente da empresa.

Zenon Pereira Leitão, ao falar como representante do presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz, disse que este vê com satisfação o interesse dos estados nordestinos na construção de usinas nucleares. Disse ainda que recebera a missão de "não deixar quaisquer dúvidas sobre o empreendimento". Já o secretário, Altino Ventura, falou do entusiasmo do MME em discutir questões como essas: "discutir energia nuclear é muito oportuno porque o país já está com a política do setor definida...o programa de expansão energética - cerca de 7000 MW por ano até 2030 - inclui a necessidade de energia nuclear, que é segura, de baixo custo e não agride o meio ambiente. O Brasil segue o caminho que o mundo está seguindo e a região Nordeste tem todas as características para atender ao crescimento previsto, com energia nuclear".

O secretário João Santana, como representante do governador de Sergipe, Marcelo Déda, discursou sobre o interesse do governo em trazer as usinas nucleares para o Estado desde o anúncio do anúncio da intenção do Governo Federal construir essas plantas no Nordeste: "já em 2008, o governo manifestou-se favoravelmente". Depois da cúpula do governo sergipano visitar a Central Nuclear de Angra, em março, o governador determinou a seus secretários que não medissem esforços para promover esclarecimentos públicos sobre energia nuclear no Estado porque, segundo Santana, ele só implantaria o empreendimento se os sergipanos fossem favoráveis. Para isso, eventos como este workshop estão sendo promovidos.

Durante o encontro o engenheiro Drausio Lima Atalla, coordenador de novos empreendimentos da Eletrobras Eletronuclear, responsável pela gestão dos estudos para a escolha do sítio da central nuclear do Nordeste, mostrou as consequências sociais positivas que um empreendimento desse porte causará no entorno de sua localização, como criação de empregos, de infra-estrutura adequada, educação e atendimento à área de saúde. Drausio detalhou toda a metodologia que está sendo adotada na escolha do sítio da nova central.

Também tiveram tempo para explicar outros detalhes técnicos: Johannes Hobart, representante da empresa de equipamentos nucleares Areva, que foi contratada para a implantação da Usina Angra 3; Leonam Guimarães e Paulo Gonçalves, da Eletrobras Eletronuclear; Laercio Vinhas, da CNEN; Luiz Felipe, da INB; e Carlos Figueiredo, da Nuclep.

Ao concluir sua exposição, Altino Ventura explicou "Porque energia nuclear no Brasil". Segundo o secretário, há um esgotamento do potencial hidroelétrico nacional no horizonte de 2030; a energia nuclear é competitiva; funciona como "base"- é uma térmica que opera todas as horas do dia (exceto quando reabastece ou está em manutenção), gerando o máximo de energia; a nuclear preenche requisitos do aspecto ambiental; e se trata de um desenvolvimento que a sociedade brasileira não pode abrir mão para promover o salto tecnológico.

Ventura ainda descreveu as diretrizes do Governo Federal no setor: promover inserção estratégica no país; construir a Usina Angra 3; dar continuidade ao Programa Nuclear Brasileiro com mais duas centrais até 2030: uma no Nordeste e outra no Sudeste; até 2030, após Angra 3, implementar 4000/ 6000 e 8000 MW.

O Workshop foi promovido pelo governo de Sergipe, pela Eletrobras Eletronuclear e pela Abdan.

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