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07/06/2007 - 11:43

A Natureza do Homem no Raso da Catarina


Exposição de 15 de junho a 03 de agosto de 2007, na 2ª a 6ª de 10h às 17h30, no Solar Grandjean de Montigny – Centro Cultural da PUC-Rio, no Rua Marquês de São Vicente 225 – Gávea – 22453-900,Telefone: (21) 35271435 /tel/fax: (21) 3527-1434 | e-mail: [email protected] | site: www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/solar. Entrada franca

Com cerca de 50 imagens em preto-e-branco, o fotógrafo Alvaro Villela apresenta as suas fotografias do Raso da Catarina. A exposição intitulada A Natureza do Homem no Raso da Catarina, poderá se vista pelo público carioca a partir do dia 14 de junho até 03 de agosto no Solar Grandjean de Montigny – Centro Cultural da PUC- Rio.

Situado no extremo sertão da Bahia, o Raso da Catarina, lugar marcado pelos signos do cangaço de Lampião e do messianismo do Antonio Conselheiro é considerada uma das regiões mais áridas do país. Entre as touceiras espinhentas de facheiros e xiquexiques, a temperatura pelo dia nunca é inferior aos 40ºC. Até o lagarto Teiú, bicho afeito aos calores da região, se esconde nas sombras da umburana seca, ou se enterra na areia quente até encontrar um pouco de umidade, só saindo à noite, quando a temperatura, como em todo deserto, cai até cerca de 15ºC. No entanto, este local insólito é o paraíso dos índios Pankararé. Mestiços, enraizados entre negros e índios, o povo do Raso da Catarina é a expressão mais brasileira do que podemos legar entre ancestralidade e memória. Essa é uma região que guarda mais que belezas geográficas e bichos em extinção, é o último refúgio de um dos tesouros mais bem protegidos do sertão, uma riqueza que não reluz e não se toca: a memória ancestral do sertanejo. Como observa o curador Diógenes Moura, “Villela aproxima sua câmera do mesmo enigma ao qual foi submetido Martin Chambi, o chamado “fotógrafo da luz”, quando retratou o povo peruano: mesmo diante de tudo o que lhes falta em sua vida social e política, em suas faces, assim como em seus usos e costumes, não há o pavoroso fantasma do menosprezo”.

Alvaro Villela, (46) além da fotografia publicitária que faz para as melhores agências de Salvador, vem desenvolvendo um trabalho autoral documental que aponta na perspectiva da inclusão social. Como diz o próprio autor, “Eu procuro ser um contador de histórias da raça humana... sofrida, abandonada e, no entanto bela. Como é bela a própria vida, apesar de tudo!”.

Villela, que em 2005 trouxe para o Rio sua exposição individual intitulada Cuba dos Cubanos, promete que este ano seu novo trabalho, A Natureza do Homem no Raso da Catarina, que foi visto por mais de 200 mil pessoas na Pinacoteca de São Paulo, durante os cinco meses de exposição no museu paulista, estará na capital carioca durante o FOTORIO 2007, festival internacional de fotografia que acontece no Rio de Janeiro a cada dois anos. Na abertura da exposição, no dia 14 de junho, será lançado com a presença do autor, o livro homônimo, que foi considerado pela crítica especializada, entre os dez melhores livros de fotografia lançados no Brasil em 2006.

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