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07/06/2007 - 11:44

"Natureza Morta"


O Centro Cultural Paschoal Carlos Magno (CCPCM) recebe, a partir do dia 06 de junho (quarta-feira), às 19 horas, a exposição "Natureza Morta", do arte-pesquisador Davi Ribeiro. Na mostra, o artista apresenta duas grandes imagens, capturadas num instante e que trazem a lembrança de um tempo que não existe mais. Durante a abertura, Davi fará uma performance, que depois será exibida em vídeo ao longo da exposição. O público poderá conferir o trabalho do artista na Sala Hilda Campofiorito até o dia 1º de julho.

Segundo Davi Ribeiro, por diversas vezes e até hoje, a natureza morta é considerada um gênero menor. Ele explica que ela é feita por homens, mas não sobre eles. De acordo com o filósofo e educador francês Étienne Gilson, este seria o tema supremo de uma pintura, já que, na natureza morta, "nada age, nada gesticula, nada faz qualquer outra coisa senão existir".

O artista também revela que além da simples existência, os registros fotográficos abrigam os vestígios de um movimento anterior, memória de um querer que se fez existir nos traços deixados para trás; "ausência do homem que se faz presente nas coisas", enfatiza ele. "O olhar sobre as naturezas carrega a relevância contemporânea tanto de seu arranjo e suas justaposições (formal) quanto de uma reflexão sobre o tempo e as condições da cultura de consumo (factual)", acrescenta.

Para explicar o conceito da natureza morta, o artista ainda cita um trecho do escritor francês Marcel Proust: "(...) e assim acontece com o nosso passado. Tentar recapturá-lo é um trabalho em vão: todos os esforços de nosso intelecto se provarão ineficazes. O passado se esconde em algum lugar fora desse domínio, para além do alcance do intelecto, em algum objeto material (na sensação que aquele objeto nos traz) do qual não temos a mais vaga idéia. E depende do acaso nos depararmos com esse objeto antes de morrermos".

O artista - Artista multimeios e arte-pesquisador, Davi Ribeiro integra a associação de artistas Individual Coletivo. Bacharel em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), atualmente é artista visitante da universidade. Em 2005, apresentou a exposição individual "Relicários Sociais", na Galeria Gustavo Schnoor, na Uerj.

Além disso, participou de diversas exposições coletivas como "Jardim das delícias" (performance), em 2006, na Galeria do Lago, no Museu da República; "Faixa Seletiva" (vídeo-performance na Galeria e intervenção no Campo de São Bento), no Centro Cultura Paschoal Carlos Magno; "Individual Coletivo" (instalação), na Galeria Cândido Portinari, na Uerj; "From: Instituto de Artes/Subject: Exchange" (vídeo-performance), Camberwell College of Arts, em Londres; "Draw Drawing 2" (desenho), The Foundry Gallery, em Londres, entre outras.

Exposição de 8 de junho a até 1º de julho, de segunda-feira, das 13 às 17horas; de terça a sexta-feira, das 10 às 17 horas; sábados, domingos e feriados, das 10 às 15 horas. No Centro Cultural Paschoal Carlos Magno (Sala Hilda Campofiorito), Rua Lopes Trovão, s/nº, Icaraí (Campo de São Bento).Telefone: 2610-5748 | Gratuito.

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