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10/06/2007 - 04:03

Diretor do Banco Intermamericano de Desenvolvimento visita as comunidades Rocinha e Vidigal


O diretor de Infra-estrutura do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, Roberto Vellutini, esteve dia 7 de junho na favela da Rocinha e no Vidigal. A visita foi organizada pelo secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, e pelo presidente da EMOP, a Empresa de Obras Públicas do Estado, Ícaro Moreno Junior. O objetivo foi sensibilizar o BID para a necessidade de investimentos nas duas comunidades. O banco interamericano é hoje a principal fonte de financiamento para projetos de desenvolvimento econômico e social do continente.

O roteiro de visitas começou pelo Vidigal. A comitiva subiu até a parte mais alta do morro, conhecida como Faixa de Gaza, ponto no qual traficantes do Vidigal e da Rocinha já travaram diversos confrontos. Na subida, o contraste entre as antigas mansões, quase todas postas à venda, e os barracos que cresceram desordenadamente. A violência fez o preço dos imóveis cair mais da metade. Mesmo assim a favela não para de crescer, tanto para cima quanto para os lados. Em alguns pontos, queimadas devastam o que resta de Mata Atlântica para o surgimento de novas construções. Em 2005, a população estimada do Vidigal era de 16 mil famílias. Hoje são mais de 25 mil. O cenário chamou a atenção do executivo.

- Essa é uma área de um enorme potencial urbanístico. È possível recuperá-la entrando primeiro com a legalização dos terrenos, para que depois possa haver uma reestruturação do espaço ocupado junto com um forte aparato social -, ponderou Vellutini, encantado com a vista da favela para o mar.

A intenção de urbanizar o Vidigal segue a linha do projeto que está sendo desenvolvido na Rocinha pelo governo do estado em Parceria com a União.

- O BID foi o principal financiador do Favela Bairro. Nossa vinda aqui hoje abre margem para futuros investimentos em comunidades carentes. E essas são duas comunidades de localização geográfica privilegiada, com uma paisagem única e um enorme potencial de transformação. Temos que aproveitar melhor esses espaços. Urbanizar preservando o que resta de Mata Atlântica e gerando novas possibilidades para a população local -, destacou o secretário de Transportes, Julio Lopes.

Na Rocinha, o diretor do BID conheceu o escritório onde está instalada a equipe de arquitetos que trabalha no Projeto de Desenvolvimento Social e Espacial da Rocinha. Para a primeira fase do programa de urbanização já estão garantidos R$ 70 milhões – R$ 58 milhões do Governo Federal e R$ 12 milhões do Governo do Estado. A segunda fase terá mais R$ 110 milhões previstos no PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal.

O presidente da EMOP, Ícaro Moreno, disse que o estado está negociando ainda com o banco um empréstimo de R$ 200 milhões para a complementação da urbanização da Rocinha e mais R$ 15 milhões para a regulamentação fundiária da comunidade.

- Com regularização os moradores vão passar a ter posse do terreno. Assim, o estado passa a reconhecer legalmente a existência das casas e do comércio. Os donos vão poder negociar seu espaço dentro da lei. Isso certamente trará uma melhora significativa para a Rocinha -, comentou Ícaro.

Em seguida, Julio Lopes levou o diretor do BID para um vôo de helicóptero sobre os principais projetos desenvolvidos pela Secretaria de Transportes. Eles percorreram a área da Avenida Brasil próximo a Caxias, onde a Secretaria pretende instalar um novo terminal rodoviário intermunicipal, a linha do trem do subúrbio e a estação do Engenho Novo, onde a Secretaria está construindo uma passarela de acesso ao Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. A passarela vai ligar a plataforma direto ao estádio, facilitando a circulação dos torcedores.

Eles também sobrevoaram os terminais das barcas no Rio, em Niterói e Charitas. O destaque foi para a linha de trem que liga Niterói a Itaboraí passando por São Gonçalo, onde o governo quer implantar a Linha 3 do metrô. Empreendimento que, para sair do papel, precisa do aporte de investidores.

Durante a semana, Julio Lopes também esteve reunido com a equipe do Banco Interamericano de Desenvolvimento para analisar possíveis financiamentos para a construção de corredores viários de ônibus e para a expansão do metrô, além da recuperação do ramal de trem Saracuruna – Guapimirim, hoje operado pelo governo do estado.

Roberto Vellutini retornou para Washington, onde fica a sede do BID, prometendo analisar com carinho todos os projetos apresentados. E ficou de voltar ao Rio em um mês para dar prosseguimento nas negociações.

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