Novo presidente do Sindesam,, defende critério de melhor preço

E não menor preço nas licitações de obras públicas de saneamento básico e ambiental.

O engenheiro Valdir Folgosi, sócio-diretor da Centroprojekt do Brasil, tomou posse no último dia 26 de maio como presidente do Sindesam (Sindicato Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental), que congrega mais de 120 indústrias especializadas em tecnologia de processo e fabricação de equipamentos para tratamento de água, esgotos sanitários, efluentes industriais, ar, entre outros. A cerimônia foi realizada na sede da Abimaq, na Capital paulista, à qual o Sindesam é vinculado. Folgosi terá um mandato de três anos. A nova diretoria é formada ainda pelo 1º vice-presidente Mauro Gebrim, 2º vice-presidente Gilson Cassini, que deixou a presidência da entidade após seis anos, e 3º vice-presidente Marcelo Batista Gomes.

O principal desafio apontado pelo novo dirigente, em seu discurso de posse, foi a “flexibilização da lei de licitações”. Segundo ele, a Lei 8.666 não contempla as necessidades do setor de saneamento básico e ambiental nos processos licitatórios de obras públicas. Valdir Folgosi defendeu a adoção de “editais mais flexíveis e justos” para que o segmento possa concorrer em igualdade de condições com as construtoras. “A lei deveria privilegiar a contratação pelo melhor preço e não pelo menor preço”, justificou.

Outra meta do empresário é lutar pela universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto no país, ressaltando que esse é um bom momento para conscientizar a sociedade e o poder público sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura básica, por conta da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Ao passar o mandato para o sucessor, o ex-presidente do Sindesam, Gilson Cassini, lembrou das principais conquistas da entidade durante sua gestão e das mudanças no cenário econômico brasileiro que beneficiaram o setor de saneamento ambiental. Entre elas, citou a outorga da Lei do Saneamento Básico (Lei 11.445), a Lei das PPPs (Parcerias Público-Privadas) e o ressurgimento dos movimentos ambientais no país, que desde a década de 70 não ganhavam tanta evidência. Cassini destacou, ainda, o fortalecimento do Sindicato, que nos últimos seis anos teve um aumento de 50% no seu quadro de associados, passando de 80 para 120 entidades.

Por sua vez, o presidente da Abimaq, Luiz Auber Neto, em seu discurso de saudação à nova diretoria do Sindesam, ressaltou que liderar uma entidade de classe é “um ato de coragem nesse país porque requer dedicação”. Disse que a principal causa da Abimaq é trabalhar por um Brasil melhor, mas que muitas vezes os problemas econômicos – como o Custo Brasil, carga tributária excessiva e juros altos – afetam drasticamente o setor. Auber lembrou da crise financeira, há um ano, que obrigou o segmento a demitir 50 mil trabalhadores e fez a indústria amargar uma redução de até 70% em seu faturamento.

Em contrapartida, o presidente da Abimaq afirmou que o Brasil vive um momento positivo, com a expectativa de novos investimentos por causa da Copa 2014 e da Olimpíada 2016. Outro dado otimista, citado pelo empresário, é o recorde no número de associados da Abimaq, que chegou a mais de 1.500. “Hoje, temos 4 mil empresas no Brasil e mais de 40% das indústrias de máquinas são associadas à Abimaq”.

.[Foto/legenda: novo presidente do Sindesam Valdir Folgosi (centro)].