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02/06/2010 - 07:50

Ferreira Gullar vence Prêmio Camões 2010

O escritor natural do Maranhão é o nono brasileiro a ganhar o prestigiado galardão literário da lusofonia, também já atribuído a nove portugueses. O escritor brasileiro completa em setembro 80 anos.

Lisboa - O escritor brasileiro Ferreira Gullar, atualmente com 79 anos de idade, é o vencedor do Prêmio Camões 2010, um dos mais prestigiados galardões literários da língua portuguesa. Na sua 22ª edição, o juri do prêmio foi constituído por membros de Portugal, Brasil, Moçambique e São Tomé e Príncipe. No ano passado a distinção foi para Armênio Vieira, de Cabo Verde.

Ferreira Gullar é o nono brasileiro a ganhar o Prêmio Camões, depois de João Cabral de Mello Neto, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Antônio Cândido, Autran Dourado, Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles e João Ubaldo Ribeiro. Assim, o Brasil iguala Portugal em número de vencedores do Prêmio Camões (nove).

Em anteriores edições o Prémio Camões também já distinguiu os portugueses Miguel Torga, Vergílio Ferreira, José Saramago, Eduardo Lourenço, Sophia de Mello Breyner, Eugênio de Andrade, Maria Velho da Costa, Agustina Bessa-Luís e Antônio Lobo Antunes. Na lista de premiados contam-se ainda o moçambicano José Craveirinha, os angolanos Pepetela e Luandino Vieira e o cabo-verdiano Armênio Vieira.

Na sua última edição o Prêmio Camões deu a Armênio Vieira um cheque de 100 mil euros, a verba acordada por Portugal e Brasil, os organizadores da iniciativa.

Um maranhense chamado José Ribamar Ferreira - Ferreira Gullar nasceu no dia 10 de setembro de 1930 na cidade de São Luiz do Maranhão. Pseudônimo de José Ribamar Ferreira, é poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, argumentista de teatro e de televisão, memorialista e ensaísta. Em 1950 mudou-se para o Rio de Janeiro.

O escritor brasileiro publicou o seu primeiro livro, "Um pouco acima do chão", em 1949, editado com recursos próprios.

Ferreira Gullar (ou José Ribamar Ferreira) integrou movimentos literários e artísticos, tendo sido nomeado, em 1961, Diretor da Fundação Cultural de Brasília, onde elaborou o projecto do Museu de Arte Popular e lançou a sua construção.

Assumiu uma posição política declarada e esteve no exílio (Moscovo, Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires) de 1971 a 1977. Escreveu "Poema sujo" em 1975.

Ferreira Gullar já foi agraciado com vários prêmios, entre os quais o Prêmio Jabuti (em 1999 e em 2007), o Prêmio Alphonsus de Guimarães, bem como o prêmio Multicultural 2000, do jornal "O Estado de São Paulo".

Em 2002, por indicação de nove acadêmicos dos EUA, de Portugal e do Brasil, foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura.| Portugal Digital.

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