No olho do furacão

O crime, lamentavelmente cada vez mais reincidente no mundo. E o assunto me aguçou um profundo incômodo, pois olhando ao redor pude perceber uma “onda” de absurdos contra crianças. Dramas dos mais variados, que merecem nossa reflexão, inclusive quanto a um maior rigor nas punições para quem praticar violência contra elas. A sensação de impunidade, já histórica no país, se confunde com a também já tradicional omissão das autoridades em temas de absoluta relevância social.

Parece estarmos vivendo um boom de casos de pedofilia, incluindo números expressivos de padres da igreja católica. E o posicionamento de bispos e até do Papa é de tom ameno, tentando nos passar a idéia de que se trata de casos isolados, o que comprovadamente não é verdade. Assim acontece também na sociedade com a qual nos deparamos com episódios de padrastos e até pais legítimos molestando menores.

Recentemente, uma empregada foi flagrada maltratando e molestando um bebê que ainda não completou um ano de vida. Em outro caso, a procuradora Vera Lúcia chegou ao extremo da crueldade, espancando uma criança de dois anos, a quem pretendia adotar. Imaginem?

Enfim, são inúmeras as tragédias e até para rituais satânicos nossas crianças foram submetidas, sem contarmos a prostituição infantil pelas estradas país afora.

Na mira cruel de verdadeiros desequilibrados, milhares de crianças, nas quais podemos incluir a população de rua, vivem sob a própria sorte, sobrevivendo e enfrentando situações extremas, enquanto o Estado pouco faz para protegê-las e lhes assegurar um futuro digno.

. Por: Marcos Espínola, Advogado Criminalista | www.espinolaadvogados.com.br