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02/06/2010 - 09:11

Até que o estresse nos separe

Próximo ao Dia dos Namorados, umas das maiores preocupações desses amantes é em encontrar o presente capaz de tocar o coração da pessoa amada. Mas, na correria do dia a dia, o que muitos se esquecem é de analisar como tem andado o próprio relacionamento ao longo dos outros dias do ano. Tão importante quanto dar um presente nesta data, em sinal da lembrança e do carinho que sente pela pessoa, pequenos gestos também podem demonstrar esses sentimentos. Você tem lembrado mais de dizer “eu te amo” para o seu par sempre que tem vontade ou ultimamente está mais preocupado em apontar os defeitos dele? A briga tornou-se rotina ou vocês trocam pontos de vista com tranquilidade?

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a quantidade de uniões por 100 mil brasileiros tem um sutil aumento a cada ano. Quando avaliado um período de 10 anos – entre 1998 e 2008 – o instituto comprovou que o número de casamentos cresceu 34,8%. Porém, neste mesmo período, os divórcios e as separações cresceram relativamente ao mesmo nível, 33%. É preciso entender que somos “administradores” e os responsáveis em construir a nossa felicidade e que é sim possível continuar a sonhar com a constituição de um casamento repleto e duradouro, mas, para isso, precisamos aprender a superar algumas questões.

Um estudo recente publicado no periódico Biological Psychiatry apontou que é possível prever o momento de autorregulação de um ser humano diante de uma emoção, ou seja, nós temos a capacidade de adotar padrões de como lidar com problemas diante de um conflito cotidiano. Portanto, não só podemos como devemos exercitar esta habilidade. Talvez, esse seja um dos caminhos para começarmos a prestar mais atenção em nosso namoro e ver que, para sustentá-lo, é preciso mais que amor e romance.

Outro ponto ao qual devemos nos atentar seria para os pequenos desentendimentos que avançam pela semana. Vocês brigaram por um motivo justo, ou ambos estavam com desgaste físico e mental, sem forças para apontar pontos de vistas de maneira favorável? Por que, no trabalho, buscamos digerir o que os outros nos dizem antes de entrar em um conflito e, em casa, com as pessoas que amamos, não temos essa paciência?

Mario Quintanda dizia que “o amor é quando agente mora um no outro”. Lembre-se, então, que namorar é compartilhar. Quando digo compartilhar, não me refiro somente a bens, contas a pagar ou responsabilidades. As pessoas devem dividir seus momentos bons, aqueles vividos no trabalho ou em um passeio com os amigos. Ao invés de contar somente como foi a bronca do seu chefe, porque não fale do seu almoço descontraído com o pessoal do trabalho? Precisamos entender que, tanto quanto nós, o companheiro também teve um dia agitado, às vezes ruim, e quer receber um apoio, ou um refugio para esse estresse.

Uma maneira simples de mostrar como seu namorado é importante para sua vida, é declarar os sentimentos que tens por ele. Há modo melhor e mais simples do que dizer “eu te amo”? Sei que algumas pessoas encontram dificuldade em expor suas emoções. Mas, existem saídas também para os introvertidos. Pequenos gestos podem dizer mais que mil palavras. Ao sair de casa pela manhã, por exemplo, deixe um cartão simples sobre a mesa desejando um excelente dia para a pessoa amada. Ligue no meio do dia para saber como ela está. Ou, se preferir, compre uma pequena lembrança. Como no livro “Meu jeito de dizer que te amo”, que traz mais de 60 formas diferentes para declarar o seu amor, inove e reinvente-se de maneiras diversas.

A relação sexual também é prejudicada quando o estresse está presente. Aquele lado amoroso, o olhar nos olhos do parceiro, o amor na sua essência mais pura é deixado de lado e dá lugar ao sexo que congela as emoções. O sexo, que só serve como calmante físico sem a troca de energia e sentimento de outrora, vira rotineiro e obrigatório. A relação, neste caso, apenas existe para satisfazer uma vontade biológica, o que atrapalha a qualidade de vida do casal. É chegada a hora de mudar, traçar estratégias comportamentais e lidar de forma mais simples com o seu relacionamento. Isso pode fazer com que o casal reencontre o sentimento perdido, que alimentava o inicio da relação.

Aprender a lidar com as emoções se torna indispensável para que a relação seja saudável para ambos. Dar valor à pessoa que está ao nosso lado e entender que a felicidade está nas atividades mais simples da vida, pode trazer de volta o colorido dos nossos sonhos, e não deixar que o estresse ou reações indesejáveis destruam a verdadeira paixão existente. Aproveite o Dia dos Namorados e todos os outros dias do ano para viver o amor em toda sua plenitude.

. Por: Anderson Cavalcante, administrador de empresas com ênfase em Marketing e MBC pela University of Florida. É empresário e ministra palestra para as maiores empresas do país, que buscam realizar ações lucrativas, porém humanizadas. Foi reconhecido, em 2004, como o palestrante mais jovem do Brasil por realizar palestras para empresários n exterior, no evento Expo Business Japan. É autor dos best-sellers “O que realmente importa?”; “As coisas boas da vida”, lançado também na Europa, entre outras obras produzidas pela Editora Gente. No Brasil, seus livros já venderam mais de 370 mil exemplares. [www.andersoncavalcante.com.br]

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