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08/06/2010 - 11:30

Panorama Setorial com a análise da equipe econômica do Banco Schahin

De acordo com a análise do Banco Schahin, os últimos dias não trouxeram alterações na tendência de volatilidade, que tem predominado nos mercados internacionais recentemente. Entre altos e baixos, o Ibovespa encerrou a semana com queda de apenas 0,44%, mas alternando dias muito positivos, como a quarta-feira (+ 1,78%) e negativos, como a sexta (2,01%). O encerramento pessimista da semana se deveu principalmente a dois fatores: a divulgação de números fracos do mercado de trabalho dos EUA e o surgimento de mais um foco de preocupação na Europa, com a Hungria admitindo estar em grave situação financeira.

“Por enquanto, não há sinais no horizonte de elementos capazes de reverter esse ambiente de pouca confiança entre os investidores”, avalia Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin. Ela lembra que “persistem os temores com os problemas dos países europeus e o risco de contágio da economia real”. Nos EUA, embora exista a clara percepção de melhora da economia, os dados seguem com aspectos contraditórios, colocando dúvidas acerca do ritmo e sustentabilidade da recuperação. Na China, também surgem incertezas sobre uma possível desaceleração do crescimento, diante de medidas restritivas tomadas pelo governo. “Neste contexto, mudanças repentinas de ambiente nos mercados e oscilações nos preços dos ativos devem seguir prevalecendo no curto prazo, analisa o economista.

No âmbito doméstico, o cenário econômico é mais favorável. Apesar do ligeiro recuo na margem em abril, a produção industrial está próxima dos picos históricos, com o aquecimento da demanda interna garantindo a continuidade desse ciclo virtuoso nos próximos meses. “Evidentemente é preciso considerar potenciais efeitos negativos de um agravamento da crise européia sobre a economia brasileira, mas por hora um cenário mais adverso não parece provável”, acredita.

A semana será intensa em eventos e indicadores importantes, tanto no Brasil como no exterior. No Brasil, destaque para a divulgação do PIB do 1º trimestre, que mostrará forte crescimento, e para a reunião do Copom, que deverá repetir o aumento de 0,75 pp do encontro de abril. Além disso, diversos índices de inflação – entre eles o IPCA – fazem parte da agenda dos próximos dias.

Na Europa, as atenções se voltam para a Hungria, que programou para esta terça o anúncio de um plano de ação econômica visando atingir a meta fiscal e estimular o crescimento. Os principais bancos centrais da região (BCE, BoE) se reúnem na quinta, ficando a expectativa para declarações oficiais sobre as dificuldades existentes, bem como possíveis novas medidas para tentar amenizar a situação negativa.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve divulga seu Livro Bege, com a visão oficial atualizada da conjuntura econômica, que pode confirmar o sentimento de melhora moderada da atividade no país. Finalmente, a China traz uma bateria de dados importantes de atividade e inflação, com potenciais efeitos sobre os preços de commodities.

“Os mercados permanecem sem tendência neste momento, com os preços dos ativos sendo marcados pela volatilidade, em movimentos muitas vezes sem consistência. Para bolsa e câmbio, o foco está totalmente voltado para o exterior neste momento”, conclui a análise do economista.

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