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08/06/2010 - 12:27

Quando a luz chegar

Exposição de fotos do francês Eric Garrault mostra a chegada da luz à zona rural brasileira.

Entre 2004 e 2008, o fotógrafo francês Eric Garrault acompanhou as equipes do projeto “Luz para todos”, do Governo Federal, levando eletricidade a lugares da área rural do estado do Rio de Janeiro. Foram momentos de emoção, surpresa, expectativa, registrados pela lente sensível do profissional e que revelam todas as etapas da chegada da luz, mostrando a transformação que ela provoca. Simultaneamente, Garrault circulou pelas favelas da capital carioca, colhendo flagrantes dos circuitos clandestinos (os gatos), que abundam em cada comunidade. O resultado está na exposição Quando a luz chegar, que abre as portas no próximo dia 8 de junho e pode ser vista até o dia 27, sempre de segunda a domingo, no Espaço Cultural Renato Russo – 508 Sul.

A mostra reúne 40 fotografias (40 cm x 40 cm) e é dividida em quatro séries. A primeira é composta de retratos, detalhes, paisagens e habitações, que contam histórias de vidas suspensas a um fio elétrico. Em Paraty ou Macaé, observa-se o desejo de progresso em cada vida rural, ritmada pelo sol e pela labuta do trabalho no campo. Uma segunda série interpõe o “antes” e o “depois” da eletricidade. Um terceiro olhar penetra universos eletrificados. Tanto nas paisagens quanto nas casas, aparecem sinais de transformação, de conforto e de progresso finalmente realizados, ao mesmo tempo em que se ilustram os limites da nova modernidade. Em contraponto, uma última parte explora os universos elétricos clandestinos das favelas do Rio, com fotos de paisagens e retratos dos habitantes das comunidades que às vezes têm uma relação surpreendente com a energia elétrica com a qual se habituaram mais ou menos bem.

As fotos são acompanhadas de legendas co-escritas com Cláudia Amaral que detalham aspectos e revelam curiosidades de cada personagem e situação. Muitas das pessoas fotografadas deram seus testemunhos, confessando seus anseios e desejos de viver num mundo melhor.

A reunião de aspectos tão diferentes e ao mesmo tempo complementares permite ligar os retratos e o interior das casas. Além das imagens, este trabalho conta histórias das pessoas e da dignidade das famílias carentes que têm ou vão enfim ter acesso a este bem primordial. Do meio rural à cidade, entre a ausência de energia e as múltiplas maneiras de obtê-la na vida de várias famílias das favelas, uma pequena luz ilumina a compreensão do que representa o acesso a este bem primordial. Segundo informa Eric Garrault, “a idéia não é fazer um apelo à miséria, mas mostrar a esperança e a dignidade que emerge destas populações”. [ http://www.ericgarault.com/pages/gallery/details/?IDGallery=11]

O artista - Nascido em 1975, Eric Garrault colabora com a imprensa francesa (L’Express, Le Monde, Télérama, Le Nouvel Obs, l’Étudiant, Le Magazine Littéraire, Le Figaro Madame, Marie-France...); com instituições (Conselho Geral do Departamento Seine Saint-Denis, Centro de promoção do livro para jovens, festival de jazz “Banlieues Bleues”...) e com empresas (Renault, Aeroportos de Paris, Banco BNP, Total, Le Macif).

Realiza vários retratos de personalidades e reportagens de sociedades, anima ateliês de fotografia sobre jazz com estudantes do departamento da Seine Saint-Denis (nas proximidades de Paris) em colaboração com o festival local “Banlieues Bleues” e, apaixonado por música, realiza diversos trabalhos nessa área cujas imagens são publicadas com freqüência na imprensa francesa e também são utilizadas em capas de discos ou exposições e já realizou várias exposições na França e no Brasil. [ http://www.ericgarault.com/pages/biography]

. [Exposição no Espaço Cultural Renato Russo – 508 Sul, Brasília (DF), de 8 a 27 de junho de 2010, das 9h às 18h, de segunda a domingo. Entrada franca. Informações: (61) 3443-6039].

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