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09/06/2010 - 09:57

Carro elétrico no Brasil: finalmente uma boa notícia


De tudo que tenho escrito, este é, provavelmente, o artigo que terei mais prazer em produzir. Comentarei o oportuno pronunciamento do governo sobre a possibilidade do Brasil ter uma fábrica de automóvel de carros elétricos. A notícia divulgada pelo G1 (http://g1.globo.com/carros/noticia/2010/06/governo-avalia-possibilidade-de-criar-uma-fabricante-de-veiculos-nacional.html), nesta última semana, revela que a chegada do carro elétrico pode significar uma nova oportunidade para a indústria nacional ter a sua própria marca. Segundo a publicação, o Brasil poderá ser sócio de alguma marca existente ou de uma nova que seguramente surgirá.

O mundo está próximo de produzir 70 milhões de veículos e, aproximadamente, 5% deste total sairá de fabricas brasileiras. O problema é que nenhum deles, infelizmente, será brasileiro. Temos tudo para brilhar no setor de carros, como já ocorre em outros setores. Veja, por exemplo, a indústria aeroespacial brasileira, tão bem representada pela Embraer, sobrevoando o planeta e nos enchendo de orgulho pelos comprovados índices de qualidade e aceitação internacional. O que dizer da nossa indústria naval, que produz navios que diariamente cruzam os oceanos transportando produtos a várias nações? E a construção civil, que pavimenta rodovias nos quatro cantos do planeta?

Falta sim um carro brasileiro para juntar-se a uma frota que cresce a cada dia. Temos ótimos engenheiros, designers e empresários dispostos a investir para o desenvolvimento nacional. Faltava o governo tomar partido e dar o pontapé inicial. E isso parece ter ganho forma coma a notícia recém-divulgada. O país e o governo Lula podem entrar para a história da indústria automobilística global, pela sábia decisão de competir em um segmento de grande representatividade e, principalmente, por fazê-lo com o carro elétrico, alinhando-se às tendências globais.

Já estava mesmo passando à hora de investirmos em uma marca própria. Todos os demais Bric’s possuem as suas. A China cresce enormemente graças, também, ao invejável desempenho deste setor. A Índia, onde eu estive em janeiro participando da convenção do setor automobilístico em New Delhi, faz o maior sucesso com as suas marcas. Aliás, no Salão Internacional Do Automóvel de lá, ocorrido no mesmo período de nossa visita, o estande do Nano foi um dos mais disputados. A Rússia, um pouco mais tímida, também tem marcas próprias. Como pode o Brasil, que ocupa o quinto lugar no ranking dos maiores construtores do planeta, ficar de fora?

Parabéns ao governo Lula, cuja história começou no chão de uma fábrica de automóveis, pela brilhante, corajosa, simpática e inteligente atitude, evidenciando o comprometimento com o desenvolvimento nacional. Vale aqui lembrar as palavras de Geraldo Vandré: “... Esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

. Por: Evaldo Costa, Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil, Escritor, consultor, conferencista e professor.Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas” | Site: www.evaldocosta.com | Blog: http://evaldocosta.blogspot.com | E-mail: [email protected]

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