Aquavision 2010

Brasil não é grande em aquacultura, mas desperta grande interesse por seu potencial.

Stavanger, Noruega– O Brasil é personagem importante da Conferência Mundial de Negócios da Aquacultura (Aquavision 2010), evento promovido pela Nutreco, grupo de nutrição animal e para aquicultura, que se realiza nesta semana na capital mundial do salmão, na Noruega. O Brasil é frequentemente lembrado em apresentações de especialistas de várias partes do globo não por sua produção de aquacultura, mas pelo potencial que tem.

“Por suas dimensões, pelo impressionante volume de água e condições climáticas, o Brasil tem todas as condições de se tornar um dos maiores produtores mundiais, trabalho iniciado pela tilápia, camarão e peixes nativos, como tambacu e tambaqui”, assinala o consultor chileno Oscar Karay.

Karay tem todos os motivos para olhar com atenção para o Brasil, que importa anualmente cerca de 50 mil toneladas de salmão do Chile. “O Brasil é um dos nossos mais importantes parceiros comerciais, ao lado de Estados Unidos e Japão”, complementa o especialista.

“A produção brasileira de peixes ainda é pequena. Considerando o cenário global, são apenas 291 mil toneladas/ano enquanto o Chile produz quase 900 mil toneladas, volume equivalente ao da Noruega. Mas é inegável o potencial de crescimento a médio prazo, desde que a aquacultura tenha o apoio oficial necessário, com regras claras que motivem os investimentos”, reforça Albert Tacon, há 14 anos prestando serviços à FAO. O mercado mundial de peixes gira em torno de 68 mil toneladas.

Aquavision reúne mais de 300 empresários líderes, especialistas, consultores e técnicos de 25 diferentes países, em Stavanger (Noruega). O Brasil é representado no evento por Eduardo Amorim, presidente da Nutreco Fri-Ribe, empresa que produz 140 mil toneladas de alimentos para animais, dos quais 1/3 para aquacultura.