Mantega: real só perde para o dólar como moeda transacionada em mercados futuros e de opções

Brasília - O real é segunda moeda mais transacionada em mercados futuros e de opções, perdendo apenas para o dólar, segundo informou no dia 17 de junho (quinta-feira), o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para ele, “isso mostra a respeitabilidade e a segurança” da moeda, “que é internacional”.

Ele voltou a enfatizar as ações do governo para estimular os investimentos em infraestrutura, na política industrial e destacou empresas estatais, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a Petrobras, que classificou de “ativas e eficientes”.

Mantega lembrou que a previsão de investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entre 2010 e 2014 chega a R$ 955 bilhões e, depois desse período, a R$ 631,4 bilhões, totalizado R$ 1,586 trilhão.

“Este é um movimento econômico importante de investimento e crescimento tecnológico. Nossa aposta está dando resultados, e este ano o crescimento dos investimentos, particularmente os ligados à infraestrutura, foi de 20% em relação ao ano passado”.

O ministro acrescentou que o Brasil será o maior produtor de commodities alimentares do mundo. “Sabemos que vai faltar comida no mundo, e o Brasil é quem vai suprir essa demanda. O [país] talvez seja o maior produtor de alimentos do mundo, mas isso não que dizer que queremos deixar de lado o setor manufatureiro”.

Segundo o ministro, o novo modelo de desenvolvimento adotado pelo país permite crescer sem inflação e sem dívida pública. “Estamos crescendo com equilíbrio e sem a formação de gargalos. Mesmo na área de infraestrutura, que era a pior, estamos correndo”.

Mantega reiterou que a inflação está caindo. “Houve uma contribuição dos alimentos [para a inflação], mas era causada por oferta e devido a fatores climáticos”. Ele lembrou que em maio, teve início o processo de queda.

“O Brasil já reúne as condições necessárias para longo ciclo de crescimento e para consolidar-se como um dos países mais dinâmicos do mundo”.

Mantega participou da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).| Daniel Lima e Pedro Peduzzi/ABr.